Chef Dario Costa e cozinheiras do Projeto Culinária Caiçara da Baixada Santista (Edge/Divulgação)
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Publicado em 17 de junho de 2025 às 07h00.
Eis uma fórmula simples para empresas de energia começarem uma estratégia de sustentabilidade em qualquer lugar onde novas operações são instaladas:
Esse processo tem sido observado em diferentes empresas de energia brasileiras, com ênfase especial na cultura local. Exemplo mais recente pode ser encontrado na Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica de Belo Monte que está resgatando a língua de povos nativos da região.
Quando instalou a o Terminal de Regaseificação de São Paulo (TRSP) no Porto de Santos, a Edge, do grupo Cosan, usou fórmula similar para determinar suas ações. O principal dos ODS atendidos é o 14, de conservação da vida marinha, e em parceria com a consultoria ambiental Tetra Mais, a empresa começou um longo trabalho de observações, estudos, vivências e análises com programas ambientais.
O Projeto Culinária Caiçara da Baixada Santista é fruto desse processo e a Edge acaba de lançar seu resultado: o livro "Culinária Caiçara - Histórias e Receitas da Baixada Santista". Gratuito, ele reúne 14 receitas de 11 cozinheiras e cozinheiros locais, utilizando peixes tradicionais da pescaria artesanal fomentada pelos programas na região.
A edição destaca os pescados mais capturados e comercializados – caranguejo-uçá, corvina, parati, camarão-branco, tainha, siri, marisco-do-mangue e robalo-flecha –, além dos saberes tradicionais relacionados ao beneficiamento dos pescados e os costumes alimentares locais.
Após a compilação das receitas, cozinheiras e cozinheiros envolvidos na obra reproduziram os pratos na cozinha profissional do restaurante Madê, em parceria com o Chef Dário Costa.
"Como santista, tenho muito orgulho da pesca artesanal daqui e do trabalho incrível que os pescadores e as pescadoras fazem. O livro também ajuda a gente a olhar para os peixes da nossa costa com mais respeito e valorizar o que é nosso”, diz Costa.
Os nomes de 11 cozinheiras e cozinheiros que protagonizam a obra são residentes nas comunidades pesqueiras artesanais trabalhadas pelo Subprograma de Monitoramento da Pesca Artesanal – parte do Programa de Apoio à Pesca do TRSP: Ilha Diana e Monte Cabrão (Santos), Sítio Conceiçãozinha (Guarujá), Vila dos Pescadores (Cubatão) e Rua Japão (São Vicente).
Foram nomes indicados pelas comunidades como pessoas de grande conhecimento da culinária caiçara. Isso fica evidente não só pelas habilidades e receitas compartilhadas, mas pela direta relação com a pesca artesanal. Quem conhece de perto o trabalho da pesca, conhece muito dos pescados e suas formas de preparo e consumo.
O livro se relaciona ao Programa de Apoio à Pesca e seus subprogramas - Subprograma de Monitoramento da Pesca Artesanal e Subprograma de Apoio aos Pescadores Artesanais que tem como público focal os pescadores artesanais atuantes no Sistema Estuarino de Santos e São Vicente, junto com as entidades representativas (colônias e associações) e comunidades pesqueiras que têm interface com a localização e operação do TRSP e que estão situados no entorno do empreendimento nos municípios de Santos, Cubatão, Guarujá e São Vicente.
O projeto se estruturou na atividade da pesca artesanal realizada no Sistema Estuarino de Santos e São Vicente (SP). O foco estava nas comunidades pesqueiras da Ilha Diana e Monte Cabrão (Santos), Sítio Conceiçãozinha (Guarujá), Vila dos Pescadores (Cubatão) e os pescadores da Rua Japão (São Vicente).
Esse conhecimento é oriundo do amplo trabalho realizado pela equipe da Tetra Mais, que desde 2020 coleta informações qualitativas e quantitativas dos recursos pesqueiros explorados pelos pescadores e pescadoras de diversas comunidades atuantes na pesca no Sistema Estuarino de Santos e São Vicente (SP).
“Este livro vai muito além de uma coletânea de receitas — é um tributo vivo à identidade caiçara da Baixada Santista. Ao reunir os saberes dessas incríveis cozinheiras e cozinheiros, damos voz a histórias que atravessam gerações e celebramos a força da pesca artesanal. A Baixada Santista tem um papel central na história e no futuro da Edge. Nosso compromisso com a região vai além da operação; queremos deixar um legado cultural que valorize quem vive do mar e com o mar”, conclui o CEO da Edge, Demetrio Magalhães.
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