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Em busca da origem da covid-19: OMS em Huanan

“A ciência segue à procura da certeza sobre como afinal o novo coronavírus transitou dos animais para a espécie humana”

As imagens em Shijiazhuang, no norte da China, relembram os esforços das autoridades chinesas em Wuhan, no início do ano passado (STR / CNS/AFP)

As imagens em Shijiazhuang, no norte da China, relembram os esforços das autoridades chinesas em Wuhan, no início do ano passado (STR / CNS/AFP)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 9 de fevereiro de 2021 às 20h23.

A delegação da Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou à conclusão de não haver elementos factuais para afirmar que o epicentro da Covid-19 tenha sido o mercado de Huanan onde se descobriu o primeiro grupo conhecido de infecções em Wuhan, China (leia).

Tampouco é razoável, diz a OMS, asseverar que o SARS-CoV-2 tenha sido produzido em laboratório e vazado, ou escapado. Logo, a ciência segue em busca da certeza sobre como afinal o novo coronavírus transitou dos animais para a espécie humana.

Cada um é livre para acreditar no que bem entender, mas vai ficando claro que a origem da Covid-19 continua um razoável mistério. Até porque já existem faz tempo evidências de o vírus ter estado em circulação antes mesmo de ser oficialmente detectado na China pouco mais de um ano atrás.

Assim, vão perdendo força as explicações mais baseadas nas convicções e conveniências ideológicas e geopolíticas do que na ciência. Elas não ajudaram a salvar a reeleição de Donald Trump, apesar de todo o esforço dele. Sobreviverão, claro, nas franjas do debate político. E só.

*Analista político da FSB Comunicação

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