Junto do sócio, Marcelo Cruz, o empresário começou investindo dinheiro do próprio bolso (CondoConta/Divulgação)
Plataforma de conteúdo
Publicado em 27 de julho de 2023 às 21h00.
Por vezes, os gestores de condomínio brasileiros enfrentam dificuldade na viabilização de projetos, sendo impedidos pelas limitações dos bancos tradicionais. Quando abordado por um desses gestores, que precisava de R$ 200 mil para automatizar a segurança condominial, o veterano no mercado, Rodrigo Della Rocca, decidiu apostar em uma ideia. Junto do amigo e sócio, Marcello Cruz, ele passou a auxiliar os condomínios a acessarem crédito, investindo grande parte de seu capital próprio em veículos e instrumentos regulares que concediam os financiamentos.
Satisfeito, o síndico espalhou a palavra, os sócios continuaram a investir e hoje a fintech CondoConta já soma mais de R$ 150 milhões em crédito condominial concedido.
“Com o interesse cada vez maior de outros gestores, percebemos que enquanto para nós era uma necessidade clara a criação de um banco especializado em condomínios, nos bancos tradicionais os condomínios estavam em uma zona cinzenta, mesmo movimentando bilhões por ano e gastando 3 bilhões de reais com taxas”, diz Rodrigo.
O CondoConta começou oferecendo uma conta gratuita, com transações e emissão de boletos. Então, ciente das dores do mercado condominial, passou a oferecer produtos pensados especialmente para solucionar outras preocupações dos síndicos, condôminos e administradoras, como a prestação de contas em tempo real, automação de boletos e balanços, crédito para financiamentos, seguros, e a antecipação da taxa condominial onde o CondoConta assume o risco da inadimplência enquanto o gestor condominial trabalha sempre com dinheiro em caixa.
O uso da tecnologia sem custos e redução da burocracia geram uma economia anual de milhões de reais em todo país. “No CondoConta, já são mais de R$ 5 milhões poupados em tarifas bancárias, e essa economia chega aos condôminos pela redução das taxas”, afirma Rodrigo. A redução de custos fez com que o CondoConta atingisse, em 2022, um aumento na Receita de 189% da meta projetada, além de ter sido selecionado para o Scale-Up Endeavor 2022.
Em meio à pandemia da covid-19, a fintech apostou na aproximação com os gestores condominiais, não compreendidos pelos bancos tradicionais, afinal, mesmo tendo CNPJ, não são empresas. Enquanto os bancos fecharam as portas, no online o CondoConta cresceu. Atualmente, somam 400 mil usuários mensais e cerca de 3 mil condomínios em todos os estados brasileiros.
“Nós estreitamos os laços com as administradoras de condomínios e síndicos. Nos colocamos ao lado deles nesse processo de digitalização, na busca por redução de custos e gestão de caixa, incluindo garantia de recebimento de cota condominial e financiamentos para melhorias”, afirma Rodrigo.
O crescimento acelerado despertou o interesse de investidores. A fintech recebeu, em menos de seis meses, dois aportes da Redpoint eVentures, investidora de startups como Creditas, Rappi, Gympass e Housi. O primeiro, no início de 2021, foi de R$ 6,6 milhões, em conjunto com a Darwin Startups. O segundo, em setembro de 2021, de R$ 6MM, motivado pelo entusiasmo do fundo com o rápido crescimento da fintech. Ainda em novembro de 2021, a fintech recebeu um novo aporte, desta vez de aproximadamente R$ 10MM, da Igah Ventures, fundo que tem os unicórnios como Infracommerce e Único no portfólio. Os aportes posicionaram a fintech na lista das que mais receberam aportes nos primeiros meses de atuação, a soma é de R$ 22,2 milhões em 9 meses.
Agora, segundo Rodrigo, os planos são liberar as APIs-integrações para todos os sistemas de gestão, acelerando a entrada de novas administradoras condominiais com alianças estratégicas, batendo a marca de centenas de novos condomínios por mês mirando o primeiro bilhão da fintech.
Siga a Bússola nas redes: Instagram | Linkedin | Twitter | Facebook | Youtube
Veja também
Bússola & Cia: Exato Digital recebe R$ 17 milhões em rodada de investimento seed
Leo Madeiras celebra 80 anos com projeção de movimentar R$ 4 bi em vendas