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Efetividade da CoronaVac é maior na vida real que em testes no Chile

Com a imunização em massa, ciência começa a ter acesso a uma massa de dados impensável na fase de testes clínicos

Vacinação contra coronavírus no Chile, com CoronaVac (Ivan Alvarado/Reuters)

Vacinação contra coronavírus no Chile, com CoronaVac (Ivan Alvarado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2021 às 16h30.

Conforme avança a vacinação, os cientistas vão dispondo de grande massas de dados (big data) para avaliar com mais certeza a eficácia das vacinas contra a Covid-19. Pois nos testes clínicos o universo observado está na casa dos milhares. Na vida real, a ordem de grandeza é de milhões.

Nesta sexta, o governo chileno anunciou que a CoronaVac tem 67% de efetividade para prevenir infecção sintomática, 85% para prevenir hospitalização e 80% na prevenção de óbitos. Os achados baseiam-se na maciça campanha de vacinação implementada no país.

As conclusões foram obtidas num universo de 10,5 milhões de pessoas, entre vacinados e não vacinados. Como já era sabido, a vacina torna-se efetiva 14 dias a partir da segunda dose, e com um intervalo de 28 dias entre as duas aplicações.

Observa-se nos grandes dados da vida real no Chile um pouco mais de efetividade (que nos testes clínicos) na prevenção de infecção sintomática e um pouco menos para prevenir formas graves. Uma possível explicação é a irrupção de novas variantes, não testadas anteriormente nos experimentos controlados.

De todo modo, em meio à guerra comercial entre os imunizantes, só mesmo a vida real vai revelar os números definitivos. Enquanto isso, o melhor mesmo é vacinar-se o mais rapidamente possível.

*Alon Feuerwerker é analista político da FSB Comunicação

 

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