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Educação social é alavanca para desenvolvimento, diz líder do Dom Serafim

Nova líder do braço social da FDC, o Centro Social Cardeal Dom Serafim, tem a missão de ampliar esse pilar para todo o Brasil

Projeto deve levar oportunidades para todo o Brasil (Divulgação/Divulgação)

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Publicado em 17 de fevereiro de 2023 às 10h30.

A educação social é um dos pilares da estratégia da Fundação Dom Cabral, ao lado da educação acadêmica e executiva. E, ao longo dos 46 anos da escola de negócios, mais de 15 mil pessoas e 273 organizações sociais já foram atendidas por meio de iniciativas voltadas para jovens em situação de vulnerabilidade, empreendedores populares e organizações. A nova líder do braço social da instituição, o FDC – Centro Social Cardeal Dom Serafim, Ana Carolina Almeida, tem agora a missão de ampliar essas ações para todo o país e levar a experiência da instituição, que está na nona posição dentre as escolas de negócios participantes do ranking de Educação Executiva do jornal inglês Financial Times.

“A FDC tem uma atuação social consistente que potencializa o nosso papel como uma escola de negócios internacional, líder no desenvolvimento de médias empresas e presente em mais de 200 das maiores companhias do país. A criação do FDC, em 2020, foi um passo importante para consolidar essas ações. Temos um jeito único de promover a educação social como alavanca para o desenvolvimento econômico e social sustentável. Sinto-me feliz e honrada de assumir essa responsabilidade”, diz a nova líder.

Ana Carolina é engenheira civil com MBA pela Kellogg School of Management e conta com ampla experiência internacional no mercado financeiro, tendo trabalhado em áreas estratégicas em um dos maiores bancos de investimento do mundo e também em uma importante consultoria global. Há seis anos ela lidera iniciativas da FDC para o desenvolvimento de empreendedores populares – o Movimento Pra>Frente – além de fazer parte da direção do Núcleo de Empreendedorismo.

Bússola: Quais são os principais resultados da atuação social da FDC voltados para a educação de jovens?

Ana Carolina Almeida: Até agora, 4.626 jovens já foram atendidos por programas sociais da FDC. Só em bolsas de estudos, foram 4.082 beneficiados. Algumas são para os programas da Fundação Dom Cabral: como Pós-Graduação em Gestão, Executive MBA, Mestrado Profissional em Administração e cursos livres de curta e média duração. Nestes programas, foram concedidas 96 bolsas, sendo 47 apenas em 2022, com investimentos na ordem de R$1.4 milhão. Já para cursos de graduação e técnico, que são realizados por instituições parceiras da FDC, foram 3.986 jovens beneficiados desde o início do programa de concessão de bolsas. Semestralmente, o Centro Social realiza o processo seletivo para diversas oportunidades que podem ser acompanhadas na página da FDC.

Outra ação relevante que atende jovens de todo o Brasil é o Programa Raízes, que possibilita o acesso a conteúdo humanista de diferentes áreas do conhecimento, complementares ao ensino tradicional. 544 jovens foram contemplados. A capacitação já foi realizada nas cidades de Belo Horizonte, Nova Lima, Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza.

E como a FDC usa a sua experiência para apoiar os empreendedores populares?

Uma das ações de destaque neste pilar é a Plataforma Pra>Frente Play, criada em 2021, que possibilita uma jornada de aprendizagem e desenvolvimento de competências do empreendedor por meio de vídeos, podcasts, e-books e missões que misturam entretenimento e conteúdo aplicável, além da conexão com Decoladores, que são os mentores voluntários capacitados pela FDC. São cerca de 11 mil empreendedores cadastrados desde a criação da plataforma. Desde 2018 temos desenvolvido ações voltadas para empreendedores populares com jornadas híbridas e ao longo da pandemia, acelerarmos nosso processo de digitalização.

Já a Escola de Negócios da Favela, uma parceria entre a Central Única das Favelas (CUFA), FDC e Favela Fundos, lançada em setembro de 2022, formou os 10 primeiros alunos em uma turma piloto, que fizeram a capacitação presencial e on-line com 54 horas de duração. Em novembro e dezembro de 2022 aconteceram as aulas da segunda turma e 136 empreendedores concluíram sua capacitação nesta etapa do projeto. Por meio de uma capacitação digital e com uma linguagem mais próxima dos desafios do dia a dia, os alunos acessam conteúdos específicos para cada tipo de empreendimento, conectando oportunidades e construindo um ecossistema econômico saudável dentro das favelas. O público-alvo da Escola de Negócios são moradores de comunidades que já tenham seu próprio negócio, independentemente do estágio de maturidade.

Outra ação desenvolvida foi a criação do primeiro polo de apoio presencial na região metropolitana de Belo Horizonte. A primeira turma foi realizada em agosto, com a formação de 33 empreendedores populares. A capacitação teve 10 horas de duração, com conteúdo baseado na Plataforma Pra>frente Play.

O terceiro pilar que compõe a atuação social da FDC é o apoio às organizações sociais. Quais são os resultados já alcançados neste segmento?

Podemos começar falando sobre o Pilaris, Programa de Gestão para Organizações Sociais, que já atendeu 101 organizações, impactando cerca de 1.200 pessoas no país. Já para os gestores de iniciativas sociais de pequeno porte, temos o programa BASIS – Trilha de Capacitação de Iniciativas de Impacto Social que atendeu 115 organizações e 267 gestores.

E temos ainda o projeto que apoia os executivos de pequenas e médias organizações a estruturarem seus programas de integridade, o Hands on Compliance, que já capacitou 106 profissionais de 57 organizações do estado de Minas Gerais.

Bússola: E como levar estes programas a mais pessoas?

Ana Carolina Almeida: A FDC tem combinado metodologias proprietárias, tecnologia de ponta e atuação em rede para chegar até aonde as pessoas mais precisam. Nós acreditamos que as ações sociais têm amplo potencial para acelerar o desenvolvimento da sociedade brasileira e estamos priorizando projetos que gerem impacto nos nossos três segmentos de atuação. Entendemos que, pensando em resultados de longo prazo, é preciso priorizar a educação. Esta foi a escolha da FDC há mais de 45 anos. Do ponto de vista coletivo, a educação é o elemento que possibilita a uma nação se desenvolver. Sabemos que o nosso desafio é do tamanho do Brasil e, por isso, para 2023 estamos focados em ampliar ainda mais a nossa atuação em rede, associada à tecnologia para que as nossas soluções cheguem a cada vez mais pessoas.

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