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Educação se torna setor com prosperidade para investimentos

Investir em educação é mais do que pensar em retorno financeiro, é fazer parte de algo maior e contribuir para setor mais importante da sociedade

Setor de educação, influenciado pela pandemia de covid-19, ganhou um novo protagonista: o ensino à distância (Carol Yepes/Getty Images)

Setor de educação, influenciado pela pandemia de covid-19, ganhou um novo protagonista: o ensino à distância (Carol Yepes/Getty Images)

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Publicado em 27 de dezembro de 2021 às 12h19.

Última atualização em 27 de dezembro de 2021 às 12h26.

Por Caio Moretti*

O setor de educação, influenciado pela pandemia de covid-19, ganhou um novo protagonista: o ensino à distância. Com a inviabilidade do ensino presencial por meses, a adesão em massa ao EAD foi necessária e, no início, atribulada. Escolas, faculdades e universidades não possuíam estrutura para uma transformação digital em tão pouco tempo e a falta de perspectiva de volta à normalidade não contribuiu para o cenário.

Entretanto, com o decorrer dos meses e com os investimentos feitos na área, os resultados começaram a aparecer: novas tecnologias e técnicas de estudo online surgiram e, somadas aos esforços das instituições e docentes, os estudantes se adaptaram a uma nova realidade. Vale destacar que as edtechs, empresas focadas em desenvolver soluções tecnológicas para o setor de educação, tiveram um papel essencial neste período, desenvolvendo plataformas que tornam o ensino à distância mais prático, ferramentas que facilitam a aplicação de provas, plug-ins que permitem a gravação de aulas e otimizam a leitura de PDF no computador.

No que tange o aspecto social, o ensino à distância possibilita maximizar a distribuição de conteúdo de qualidade, conectar estudantes e docentes de diferentes regiões e utilizar tecnologia para direcionar os estudos. À medida que o tempo passa, vemos o ambiente físico como um suporte do digital, o inverso do que se via até hoje. Contudo, investir em polos presenciais é de suma importância, não só porque traz resultados únicos, mas porque serve de apoio para os estudantes que não possuem estrutura adequada em seus domicílios.

Tais aspectos demonstram o amadurecimento do mercado de educação e, nesta velocidade, os resultados devem surpreender seus investidores nos próximos anos. De acordo com o mapeamento da Associação Brasileira de Startups (Abstartups) de 2020, o número de edtechs cresceu 26,1% em apenas um ano. Além disso, startups de educação brasileiras receberam cerca de 222,5 milhões de dólares em investimentos em 2021, superando em 770% todo o valor arrecadado em 2020, segundo dados da plataforma de inovação Distrito.

A diversidade de áreas dentro de um segmento só é uma das grandes vantagens do setor educacional, o que amplia seu potencial de investimento. De acordo com a Liga Ventures, plataforma de inovação aberta que conecta empresa e startups, há um leque de ótimas opções para todo o tipo de investidor, que vai de soluções para educação básica até o mercado corporativo e, também, as que buscam mercados de nicho como o de vestibulares, concursos, capacitação profissional e gestão pedagógica.

O setor educacional já progrediu muito em pouco tempo e, com todas as mudanças que se tem observado, está claro que existe um grande potencial de retorno para os interessados. Investir em educação, entretanto, é muito mais do que pensar em retorno financeiro, é fazer parte de algo maior e contribuir para o setor mais importante da sociedade. Ainda há um caminho repleto de boas ideias que podem tornar o aprendizado mais acessível para todos e, sem dúvidas, as edtechs serão parte fundamental desta jornada.

*Caio Moretti é administrador, empreendedor e CEO do Qconcursos, maior edtech do Brasil, com mais de 20 milhões de estudantes cadastrados

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