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Editor: Precisamos mesmo competir tanto na escola, no trabalho, na vida?

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Exercitar a cordialidade em nós mesmos passa por abrir as câmeras para os outros. (Halfpoint Images/Getty Images)

Exercitar a cordialidade em nós mesmos passa por abrir as câmeras para os outros. (Halfpoint Images/Getty Images)

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Publicado em 19 de setembro de 2021 às 17h49.

Por Ana Busch*

Não sejamos ingênuos. Competir faz parte dos negócios, e ninguém vai fugir disso. Oferecer a melhor experiência, ser omnichannel, estabelecer diálogo com seus parceiros, fornecedores, clientes. Sem competitividade, especialmente neste mundo híbrido que vai tomando forma, é difícil prosperar. Mas será que às vezes não passamos do limite?

Em sua coluna sobre educação aos domingos, Fernando Shayer traz semanalmente questões importantes que precisam ser discutidas especialmente neste Setembro Amarelo, que pretende chamar nossa atenção para a prevenção ao suicídio. Lendo uma coletânea de seus textos, tenho me perguntado se o ambiente escolar permanece saudável  (ou melhor, será que foi algum dia?) ou estamos submetendo nossos filhos a um nível de pressão indesejável?

Não, não estou defendendo – nem o colunista – escolas mais frouxas, ou que exijam menos esforço cognitivo. Mas ambientes em que os alunos se sintam valorizados e tenham prazer no conhecimento. Ou parece estimulante que, em um mundo em que respostas para boa parte da decoreba habitual chega em segundos pela voz da Siri ou pelo Google, as escolas continuem ensinando "os componentes da reação de transesterificação".

Como correr atrás do tempo perdido, se os jovens não aprendem a criar, sonhar, fazer sentido, influenciar e interagir com outros humanos, nos pergunta Shayer. Porque, como lembrou Rodrigo Pinotti esta semana, citando Aristóteles e Lulu Santos, relacionamento é fundamental para a sobrevivência. E chegar despreparado ao ambiente de trabalho, em que "participar do jogo político corporativo não é uma escolha", pode ser fatal.

A semana

Nesta semana, na Bússola, o youtuber Pedro Gelli, o Gelli Clash, traz cinco dicas para se tornar relevante no Youtube e ganhar dinheiro com isso. Cauê Madeira explica o que pirâmides, games, daytrade e NFTs têm em comum.

Em sua coluna Estratégia e Impacto, Danilo Maeda, mostra que comunicar as conquistas no âmbito do ESG possui impacto maior que os próprios produtos ou serviços na construção da reputação de uma marca. Mas lembra que é preciso fazer isso com transparência, verdade e consistência, para fugir do greenwashing.

Cordialidade

Verdade e consistência também não podem faltar na comunicação das empresas ao tratarem da saúde mental de seus colaboradores. Assim como na escola, o ambiente de trabalho precisa mudar – e muito, o ano inteiro e não só em setembro. O burnout há muito deixou de ser uma palavra estranha ao cotidiano corporativo. E a ele se juntaram outros distúrbios psicológicos que afetam cada vez mais a saúde de quem trabalha, como escreve Flávia Rezende.

E como você pode colaborar com isso?

Como você se sentiria se fosse um professor dando aula para uma tela negra, sem poder ver a reação de ninguém? (Ou você imagina que só alunos se estressam?)

"Você já se imaginou em uma sala de reunião cheia de gente onde você está sentado e vendado na ponta da mesa?" Marília Nogueira traz três lições simples e diretas para tornar o distanciamento da tela menos frio: seja pontual, desligue o microfone se estiver em lugar barulhento e mantenha a câmera aberta. Exercitar a cordialidade em nós mesmos pode ser uma válvula importante nessa panela de pressão.

*Ana Busch é jornalista, diretora de Redação da Bússola e sócia da Tamb Conteúdo Estratégico

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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