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"Diversidade é a barreira mais complexa a ser encarada no ESG", diz Maurício Pestana

Durante evento de lançamento da nova edição, fundador do Fórum Brasil Diverso comenta sobre principais aspectos a serem tratados em estratégias ESG

O jornalista Maurício Pestana em evento da revista "Raça Brasil" (Revista Raça Brasil/Divulgação)

O jornalista Maurício Pestana em evento da revista "Raça Brasil" (Revista Raça Brasil/Divulgação)

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Publicado em 13 de setembro de 2023 às 17h00.

Última atualização em 13 de setembro de 2023 às 17h24.

Muito se discute sobre como os princípios do ESG podem ajudar empresas a contribuir com a transformação social. Os temas de equidade, diversidade e inclusão, em especial, são parte essencial do tópico. Especialista no assunto, o jornalista e fundador do Fórum Brasil Diverso, Maurício Pestana, faz um trabalho com as lideranças a fim de gerar insights e conscientizar a cerca da necessidade de discussão desses temas e evolução das ações relacionadas. 

De acordo com ele, “A coisa mais importante que tem pra ser feita na área do ESG, quando você fala de inclusão e quando você fala de diversidade, principalmente com foco na questão racial, é levar em consideração que essa é a barreira mais complexa, a mais difícil a ser encarada. Porque você tem um país que em mais de 100 anos nunca fez nenhuma ação de inclusão, de diversidade, e muitas vezes o dirigente da empresa, ele se pega perdido, querendo resolver algo que não foi resolvido em 100 anos”. 

Os conselhos e o trabalho de Pestana

Maurício complementa que os executivos precisam “Ter uma tranquilidade, uma paciência que ele vai ser extremamente exigido porque também as pessoas que nunca foram incluídas tem pressa, elas não querem demorar mais 100 anos, mas ele tem que entender que toda a estrutura que está dentro da empresa dele foi montada de uma forma muito mais para excluir e isso não quer dizer que ele é racista, e sim que a estrutura que é racista, por isso ele tem que quebrar paradigmas, ele tem que entender que a mudança tem que começar de dentro para fora, ou seja, ele tem que começar a rever todos os protocolos, todas as formas de inclusão, de diversidade, todas as formas de como é que ele trata as pessoas que entram”.

A fala foi dita durante o lançamento da 9ª edição do Fórum Brasil Diverso, no dia 12 de outubro, em São Paulo. Neste ano, o Fórum será realizado nos dias 17 e 18 de novembro, no Hotel Unique em São Paulo, para receber mais de 1.200 pessoas em dois dias de atrações e palestras. O tema será “ESG: a síntese da diversidade, equidade e inclusão” e traz em sua agenda debates acerca dos avanços da discussão e práticas adotadas nos últimos anos por organizações no Brasil e no mundo. 

A 9ª edição do Fórum Brasil Diverso

O evento contará com a participação de agentes como a estilista baiana Isa Silva,  premiada e reconhecida por desenvolver a moda inclusiva; Maurício Rodrigues, Presidente Bayer LatAM; Regina Silvestre, Gerente de Diversidade, Inclusão e Cultura na VIVO/Telefônica e a presença do francês Jerry Padoly, único perfumista negro no mercado de luxo.

A inovação deste ano será a programação em três espaços simultâneos: Sala MOVER, em parceria com o coletivo de capacitação Mover; Sala Educação, em parceria com a Fundação Dom Cabral e a Sala Afro empreendedorismo, espaços de interação entre empresas de pequeno, médio e grande porte, empresas dirigidas por pessoas negras e espaço para que instituições de ensino com programas de ações afirmativas, cotas ou cursos complementares possam expor suas oportunidades, bolsas e intercâmbio.

O tema do evento foi escolhido devido à emergência da pauta ESG no mundo corporativo e o impacto das decisões e atividades das organizações sobre a sociedade e o meio ambiente. “É crescente o destaque pelo atendimento aos indicadores de ESG pelas organizações. Além do empenho por resultados financeiros, as questões voltadas aos impactos sofridos pelo meio ambiente e ligadas aos aspectos sociais vêm ganhando força nos últimos anos, principalmente a pauta racial, quando analisamos diferentes setores”, explica Maurício Pestana.

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