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Diferentes respostas de diferentes empresas privadas aos ODS da ONU

Desde eventos e atividades até novos projetos, negócios inovadores abraçam desafios sociais e sustentáveis

Empresas fizeram da causa global, o seu maior foco (Stock/Getty Images)

Empresas fizeram da causa global, o seu maior foco (Stock/Getty Images)

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Publicado em 18 de julho de 2023 às 16h00.

Última atualização em 18 de julho de 2023 às 17h12.

Conectadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, estabelecidos pela ONU em 2015, algumas empresas vêm revolucionando o mercado, trazendo modelos de negócios inovadores, aprimoramento das tecnologias e planejando novas ações as quais ajudam no preparo para responder e atingir a agenda da ONU de alcançar até 2030 um mundo melhor para todos os povos e nações. Ainda que práticas de ESG estejam em voga e sendo constantemente adotadas por empresas dos mais diversos segmentos, essas empresas foram além: mais do que desenvolver ações que visem minimizar seus impactos no meio ambiente, fizeram da causa global o centro do seu negócio. 

Os 17 objetivos constituem uma agenda mundial para a construção e implementação de políticas públicas para guiar a humanidade. Com isso, as empresas privadas passaram a investir e levantar a bandeira da conscientização dentro das organizações e apoiando a rota do negócio para trabalhar em cima dos objetivos correspondentes..

Raízs

Fundada por Tomás Abrahão, a Raízs é uma foodtech de orgânicos e saudáveis pioneira em valorizar o pequeno produtor promovendo um laço entre a cidade e o campo, por meio da ligação entre as famílias de pequenos produtores e os produtos comercializados na grande São Paulo. Conectada ao 12° objetivo de desenvolvimento sustentável: consumo e produção responsáveis, a foodtech tem em vista o aprimoramento de sua tecnologia própria, baseada em Inteligência Artificial, que prevê o consumo de cada ciclo e faz com que sejam retirados do solo apenas os alimentos que serão, de fato, consumidos. Dessa forma a Raízs quer diminuir ainda mais o desperdício de alimento, não apenas nas regiões em que a plataforma atua, mas sim no país como um todo, e garantir também maior sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente do início ao fim da cadeia, evitando o uso desenfreado do solo. 

Instituto I.S

Para colaborar com o 11° ODS: Cidades e comunidades sustentáveis, o Instituto I.S, liderado por Rodrigo França, possui atividades e eventos dentro do projeto Estação do Conhecimento com o intuito de proporcionar maior aproximação da comunidade com as instituições de ensino, poder público e empresas e dessa forma promover ainda mais a economia criativa da cidade de Taubaté e região do vale do Paraíba visando um modelo de smart city. Baseado na agenda ESG, as iniciativas pretendem focar no desenvolvimento socioeconômico e estratégico de políticas públicas, englobando também outros temas como economia criativa, inovação e preservação do patrimônio. Atualmente, o instituto, organização Social Civil privada e sem fins lucrativos, fundada em 2011,  que atua no modelo think tank, conta com o projeto da Estação do Conhecimento, que recebeu apoio financeiro do BNDES, EDP, MRS e Gestamp, para viabilizar, por meio do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), via Edital Resgatando a História, as obras do restauro do Complexo Ferroviário de Taubaté. Todo o planejamento da Estação vem sendo construído para, em 12 meses, ser um ecossistema de inovação, conteúdo e networking, cumprindo seu papel de empoderar a sociedade de forma que ela se desenvolva muito além do fator econômico.

Alacero

Já a Alacero, Associação Latino-americana de Aço é uma entidade civil sem fins lucrativos que integra a cadeia de valor do aço latino-americano com o objetivo de promover sustentabilidade, emprego industrial de qualidade, integração regional, inovação tecnológica, cuidado com o meio ambiente, excelência em recursos humanos, segurança no trabalho, desenvolvimento integral de suas comunidades e responsabilidade corporativa. Alinhada ao objetivo 9 da ODS: Indústria, inovação e infraestrutura, a Associação incentiva o nearshoring para todos os países produtores de aço da América Latina, isto é, que os países consumam o material da própria região isso porque a América Latina tem uma média de emissões de CO2 por tonelada de aço bruto inferior ao mundo e muito inferior à China. Para cada tonelada de aço produzida na América Latina, é emitida 1,6 t de CO2, enquanto a média mundial é de 1,8t e a da China é de cerca de 2,1t.

Semente

A Semente é uma empresa de consultoria e educação empreendedora que capacita pessoas e ecossistemas a inovar com propósito de gerar prosperidade. Há mais de 10 anos, trabalha a inovação como estratégia, tendo como objetivo gerar resultados de impacto positivo junto a pessoas empreendedoras, grandes companhias, entidades públicas e privadas, visando a resolução de problemas socioambientais e econômicos. Conectada com o objetivo 5 da ONU,  que representa Igualdade de gênero, a empresa fechou 2022 com apoio a mais de 2 mil empreendedoras e com projetos em 15 estados. O número de mulheres apoiadas já representa 80% do total de pessoas atendidas pela empresa no ano passado. Para esse ano, a Semente continua com seus projetos de empreendedorismo feminino com o intuito de continuar apoiando as mulheres.

Food To Save

A Food To Save, por sua vez, é uma foodtech sustentável que nasceu para revolucionar o desperdício de alimentos no Brasil. A empresa atua como um elo entre estabelecimentos que possuem excedentes de produção e clientes engajados e preocupados com o consumo consciente. Além de ajudar o planeta, a foodtech democratiza o acesso aos alimentos, respondendo diretamente ao objetivo 2 da ODS: Fome zero e agricultura sustentável, visto que, os produtos ofertados nas sacolas surpresas podem chegar em até 70% de desconto no app, dando mais oportunidades para diversos públicos adquirirem os alimentos dos mais de 2000 estabelecimentos parceiros.

Proesc

Com foco no ODS 4: Educação de qualidade, a Proesc, edtech amapaense que desenvolve soluções inovadoras para instituições de ensino, atua há 14 anos digitalizando escolas em mais de 5 países. Nascida no norte do país, foi responsável por implementar internet nas unidades escolares do estado do Amapá para acessibilizar o uso da ferramenta para os alunos, professores e gestores. Atualmente, com o objetivo de acelerar a transformação digital da educação e promover um ensino de qualidade, a plataforma oferece serviços integrados que facilitam o acompanhamento de atividades, aulas e o diagnóstico da instituição escolar a fim de promover melhorias no ensino pedagógico. Assim a Proesc assegura uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade para todos.

B2Mamy

Como especialistas em gerar impacto no ecossistema de negócios, inovação e maternidade, a B2Mamy, é a Socialtech que conecta mães e mulheres em comunidade tornando-as líderes e livres economicamente por meio de educação, empregabilidade e pertencimento. Integrando agora a lista de empresas ligadas ao Pacto Global da ONU, a startup atua em prol dos objetivos 5 e 8 da ODS, que estão conectados, respectivamente, à igualdade de gênero e trabalho decente e crescimento econômico. Com diferentes frentes, elas oferecem programas de capacitação e aceleração de empresas lideradas e fundadas por mães e mulheres, além de contar com programas de recolocação no mercado de trabalho e desenvolvimento de carreiras. Ao longo de 07 anos de existência, a empresa já contribui na geração de mais R$ 27 milhões em renda e, por meio de um modelo de negócio B2B2C, já uniu grandes marcas como a Mustela, Multikids, Sproutfi, PinePR, entre outras que desejam investir em impacto social com a comunidade. A expectativa da organização é dobrar esse valor em 2023 e transformar a vida de ainda mais mães e mulheres por meio de novas edições de programas de aceleração e capacitação, além da parceria com grandes marcas e empresas.

Connecting Food

Já a Connecting Food, primeira foodtech brasileira especializada em conectar os alimentos que seriam descartados por empresas, mas ainda bons para o consumo, às organizações sociais que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social, traz impacto positivo nessas duas questões críticas da atualidade. Atrelada ao objetivo 12 da ODS: consumo e produção responsáveis, a foodtech, por meio do uso de tecnologia, dados e conexões, move o “S” do ESG para o centro da estratégia das empresas da cadeia de alimentos e de quaisquer outras organizações que queiram atuar neste mesmo sentido, e, como consequência direta, também do “E”, isso porque o impacto socioambiental é igualmente minimizado em toda a cadeia produtiva. Além disso, a empresa traz um aprofundamento, relevância e liderança maior também no "G" da sigla – pilar que faz referência à Governança Corporativa. Toda a operação da Connecting Food é realizada com uma minuciosa análise de dados, passando pela aplicação de processos ágeis, treinamento de equipes e destinação dos alimentos excedentes bons para consumo a organizações da sociedade civil, com verificação da idoneidade dessas organizações e o acompanhamento de todo o processo, para assegurar que a comida realmente saia dos doadores e chegue a quem precisa. Desse modo, a foodtech direciona sua atuação para apoiar o setor a cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. 

Vittude

Com foco no objetivo 3 da ODS: Saúde e bem estar, a Vittude é a healthtech referência em programas de gestão estratégica de saúde mental para empresas. Por meio da plataforma proprietária, a empresa oferece uma solução completa para o bem-estar psicológico dos colaboradores por meio de diagnóstico, educação emocional, aculturamento de saúde mental e psicologia online. Criada com o objetivo de democratizar o acesso a serviços de saúde mental de qualidade, a startup possui atualmente 200 clientes em todo o Brasil. Para seguir impactando mais vidas, a startup pretende aprimorar ainda mais as tecnologias internas e desenvolver, em parceria com os clientes, soluções mais completas para a necessidade de cada negócio.

Newa

Já a Newa, consultoria de DE&I e saúde emocional para as organizações, impacta positivamente nos seguintes objetivos da ODS - 5: Igualdade de gênero, 8: Trabalho decente e Crescimento econômico, 10: Redução das desigualdades e 16: Paz, Justiça e Instituições eficazes. A empresa prepara as organizações por meio de sensibilizações, workshops, treinamentos e consultorias com o propósito de construir uma sociedade mais justa e com mais equidade.

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