Dia Mundial da Água é celebrado no 22 de março (Colin Anderson Productions PTY LTD/Getty Images)
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Publicado em 21 de março de 2025 às 13h00.
Às vésperas do Dia Mundial da Água, 22 de março, o Brasil se encontra na procura por soluções para os principais problemas de gestão hídrica.
Com o aumento das mudanças climáticas, estimativas já apontam para uma diminuição de até 40% na disponibilidade de água até 2040 – dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
A indústria brasileira é responsável por quase 10% do consumo de toda água do país. Com a crescente crise hídrica, perguntamos para grandes empresas quais ações têm sido tomadas para garantir a melhor gestão possível dos recursos hídricos no país.
A Solar Coca-Cola, uma das 20 maiores fabricantes do Sistema Coca-Cola do mundo, investiu mais de R$ 70 milhões em tecnologias e processos que incluem redução do uso do recurso natural em processos industriais, recuperação de efluentes, conservação de bacias hidrográficas e a proteção de ecossistemas críticos.
Para isso atingir a meta, medidas como atualização das tecnologias para eficiência hídrica, incluindo processo de ultrafiltração e reaproveitamento de vapor, além da modernização de lavadoras e sistemas de captação de água da chuva, têm sido de extrema relevância.
A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) se dedica anualmente a aumentar os índices de eficiência hídrica, implantar ações para redução do consumo, implantar processos para reutilização de água e outras ações.
A ABIA estima que o volume aplicado em projetos e ações relacionados à agenda ESG no setor alcançou 1,1% (R$ 13,8 bilhões) do faturamento anual da indústria de alimentos em 2024, de R$ 1,277 trilhão.
A Alcoa utiliza recursos hídricos em diversas etapas do processo de mineração de bauxita e refino de alumínio, além de atividades administrativas.
Para garantir sustentabilidade, todas as operações possuem balanço hídrico padronizado, seguindo a metodologia Water Accounting Framework (WAF.
“Entre 2022-2024 também revisamos a avaliação de risco hídrico de todas as operações, seguindo diretrizes como a Política de Gestão da Água, que é baseada pelo Padrão de Gerenciamento de Água e Efluentes, alinhado com os princípios do International Council on Mining and Metals (ICMM) sobre Gestão da Água”, conta Thaíza Bissacot, diretora regional de Meio Ambiente da Alcoa.
“O investimento em gestão de águas faz parte da rotina de todas as operações, seja por meio do atendimento de condicionantes relacionadas ao tema, implementação de novas tecnologias, como o Filtro Prensa – com investimento de cerca de R$ 330 milhões – e/ou por meio de projetos apoiados pela Alcoa Foundation com esse foco, a exemplo do Museu das Águas Brasileiras”, completa.
O Porto Sudeste conta com um robusto sistema de gerenciamento de recursos hídricos com três ETRAPs (Estações de Tratamento e Reuso de Águas Pluviais), com capacidade total de armazenamento de 11.900 m³ de água, uma ETE (Estação de Tratamento de Efluentes Sanitários) com capacidade de tratamento de 100m³/h e uma forte rotina para o reuso de água internamente.
Para implantação do projeto de reuso de águas pluviais durante a instalação do Porto Sudeste, estima-se que foram investidos cerca de R$ 22 milhões, incluindo neste valor a construção de canaletas e das ETRAPs, além de equipamentos, adaptações e melhorias do sistema de reaproveitamento de águas pluviais. Para a operação do projeto são investidos cerca de R$ 500.000,00 anualmente.
Desde que a Acelen assumiu a gestão da Refinaria de Mataripe, há pouco mais de 3 anos, ela assumiu o compromisso de reduzir a captação de água doce nas operações, investindo em uma série de soluções para diminuir e aprimorar o uso de água.
De 2021 até dezembro de 2024, a empresa reduziu 29% o consumo total de água da Refinaria de Mataripe, o equivalente a uma economia de 4,7 bilhões de litros, volume suficiente para abastecer as cidades baianas de Candeias e São Francisco do Conde (110 mil habitantes).
Em 2024, 50% da demanda total por água doce da refinaria foi atendida por água reutilizada no ano passado.
As principais iniciativas que possibilitaram esses resultados incluem a minimização das purgas (impurezas) de torres de resfriamento, a otimização da operação das caldeiras, a melhoria do desempenho e qualidade do tratamento de água, o mapeamento e saneamento de vazamentos.
São, atualmente, 9 unidades hospitalares e 1 centro de diagnóstico por imagem na Rede Mater Dei, espalhados pelos estados de Minas Gerais, Bahia e Goiânia. As práticas e ações estimuladas nas unidades englobam:
A Central de Materiais e Esterilização (CME) do Hospital Mater Dei Salvador possui um parque tecnológico que diminui o desperdício de água e o consumo de energia nas operações, por conta de seus equipamentos de última geração.
EuroChem está comprometida com práticas agrícolas sustentáveis, investindo em tecnologias que aumentam a eficiência dos fertilizantes e reduzem o impacto ambiental.
O Complexo de produção de fertilizantes em Serra do Salitre (MG), por exemplo, tem executado diferentes ações ligadas ao uso responsável de recursos naturais, gestão de resíduos, economia de energia e compromisso com o ecossistema local. Uma das iniciativas de destaque é o ciclo de reaproveitamento de água.
O recurso hídrico utilizado no processo mineral é destinado para uma das barragens, de onde é bombeado e segue para um circuito fechado de tratamento. Posteriormente, é direcionado para utilização nas plantas de produção.
Esse processo de recirculação garante o reuso de 100% da água, reduzindo a pressão sobre o recurso natural. Para garantir a qualidade e quantidade de água na região, a Eurochem conta com uma rede de monitoramento composta por 65 pontos de amostragens.
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