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Desigualdade entre homens e mulheres também se reflete na saúde mental

Mulheres se preocupam mais com a saúde mental do que homens, revela pesquisa realizada no ano passado

Saúde mental é a maior preocupação para 31% das mulheres, esse percentual alcança só 20% entre os homens. (Pikisuperstar/Freepik/Divulgação)

Saúde mental é a maior preocupação para 31% das mulheres, esse percentual alcança só 20% entre os homens. (Pikisuperstar/Freepik/Divulgação)

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Publicado em 11 de março de 2022 às 15h39.

Por André Jácomo*

Na última terça-feira comemorou-se internacionalmente o Dia da Mulher. Ao contrário de muitas outras datas comemorativas que são meramente simbólicas ou comerciais, o 08 de março é uma oportunidade importante para a sociedade refletir sobre a desigualdade de gênero, onde a falta de equidade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, na divisão das tarefas domiciliares e na criação dos filhos, para só falar dessas, pressiona a saúde emocional delas.

De acordo com pesquisa divulgada no final do ano passado pela SulAmérica, e realizada pelo Instituto FSB Pesquisa, as mulheres estavam mais preocupadas com a saúde mental do que os homens. A pesquisa realizada com 2.010 entrevistas em uma amostra representativa dos brasileiros, mostrou que enquanto a saúde mental é a maior preocupação para 31% das mulheres, esse percentual alcança só 20% entre os homens.

E a pandemia contribuiu muito para agravar esse quadro. Na pesquisa da SulAmérica, 62% das mulheres afirmaram que a saúde emocional piorou durante a pandemia. Na comparação com os homens, as mulheres relataram mais crises de ansiedade (62% contra 42%), mais alteração no humor (52% contra 31%), mais insônia (49% contra 33%), mais frustração (39% contra 26%) e mais desânimo (20% contra 9%).

O excesso de carga de trabalho pressiona ainda mais a saúde mental das mulheres, que formam o público majoritários dos consultórios de psicologia. De acordo com outro estudo realizado pela empresa OrienteMe, 70% do público que frequenta terapias são mulheres. Claro, ainda há muito tabu masculino relacionado aos assuntos de saúde mental. Todos injustificados.

Os números só corroboram como a desigualdade de gênero também significa desigualdade na saúde mental de homens e mulheres.

*André Jácomo é diretor do Instituto FSB Pesquisa

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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