Companhias formam aliança estratégica para a digitalização definitiva do setor (GEOTAB/Divulgação)
Bússola
Publicado em 2 de fevereiro de 2022 às 14h44.
A Trizy, startup que atua no desenvolvimento de tecnologias para logística, com soluções para gestão de transportes, ferramentas de aquisição de fretes, agendamento de cargas e um aplicativo para caminhoneiros, acaba de receber um aporte da nstech, plataforma aberta de tecnologia para logística e mobilidade, criada pela Niche Partners – polo do ecossistema SK Tarpon – com participação relevante do fundo Greenbridge.
A startup apresentou um crescimento de 415% em transações realizadas dentro de sua plataforma em 2021, chamou a atenção da nstech, que decidiu fazer o investimento e passou a atuar de forma relevante, com 20% no quadro de investidores da empresa.
“A visão de futuro da Trizy é muito alinhada com a da nstech. O portfólio de produtos é complementar e trabalhamos com o mesmo propósito de digitalizar a logística”, declara Vasco Oliveira, CEO e sócio da nstech.
Com operações no México, Colômbia, Peru e Equador, a nstech é composta por 19 empresas com mais de 45 mil clientes ativos, atuando com soluções que permeiam todo ecossistema de logística, gerenciamento de risco, serviços e produtos de tecnologia para gestão de seguros. Possui mais de 30 mil transportadores clientes e um banco de dados de mais de dois milhões de motoristas.
“Poder receber um investidor estratégico deste porte cria possibilidades reais de negócio, além do investimento financeiro”, diz Renato Gouveia, CEO e sócio da Trizy.
A Trizy, que nasceu dentro do ecossistema de negócios da empresa de tecnologia KMM, já havia recebido um investimento do grupo Cosan em 2019 e se mantém independente na sua gestão. Conectada com o ecossistema da nstech, a companhia segue avançando com o objetivo de manter sua taxa de crescimento de três dígitos.
Segundo Renato Gouveia, combinando os portfólios nstech e Trizy, é possível construir uma experiência única para os clientes e usuários, e contratar, em curto prazo, tudo o que é necessário para gerenciar uma operação logística com alguns cliques.
O projeto terá importante impacto econômico e social. Ao contribuir para o aumento da produtividade e competitividade, principalmente do transporte rodoviário, ambas as empresas ajudarão de maneira efetiva a classe de caminheiros, que é um setor que ainda enfrenta falta de conectividade e padronização nos serviços.
“Atualmente, o país gasta quase 12,3% do seu PIB no segmento, contra pouco mais de 7,8% nos Estados Unidos, e o uso intensivo da tecnologia tem papel fundamental para a redução desse gap”, afirma Vasco.
No atual cenário, os veículos rodam vazios em mais de 40% do tempo e o acesso ao crédito com taxas competitivas é uma das grandes dores da categoria.
Segundo Eduardo Steinberg, membro do Conselho de Administração da nstech, esse movimento é importante em um momento em que o Brasil está conseguindo avançar na sua agenda de infraestrutura com aumento da malha ferroviária e cabotagem, que são fundamentais para reduzir a ineficiência do país.
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