(Montagem/Exame)
Mariana Martucci
Publicado em 23 de março de 2021 às 20h43.
Última atualização em 23 de março de 2021 às 22h24.
A decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal de declarar a suspeição do então juiz Sergio Moro num caso que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolve por enquanto uma das equações conjunturais que compõem o emaranhado jurídico-político brasileiro.
O resultado neutraliza, na prática, qualquer possibilidade de a decisão do ministro Edson Fachin, que determinou que Lula não deveria ter sido julgado em Curitiba, ser revertida no pleno do tribunal. Pode até ser mudado, mas a mudança não terá significado prático.
A possibilidade de Lula ser candidato vai se consolidando, assim como a prematura polaridade com o presidente Jair Bolsonaro. Há um espaço a ser ocupado pela centro-direita, mas aí o palco está muito pulverizado e a batalha dos pretendentes será morro acima.
No Brasil, até o passado é imprevisível, e vamos então aguardar. Mas o governo Bolsonaro vai entrando naquela etapa em que a margem para errar começa a cair exponencialmente. Em especial na pandemia, e mais ainda quando se trata da vacinação.
*Alon Feuerwerker é analista político da FSB Comunicação.
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