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Dados para começar 2021

Especialista em BI destaca que, se não é preciso processar todos os gigabytes de 2020, a análise de alguns indicadores pode guiar o novo ano com mais clareza

Que tal usar os próximos dias para organizar seu data warehouse e aproveitar ao máximo o que os dados têm a dizer sobre 2020 e para 2021? (Dowell/Getty Images)

Que tal usar os próximos dias para organizar seu data warehouse e aproveitar ao máximo o que os dados têm a dizer sobre 2020 e para 2021? (Dowell/Getty Images)

AM

André Martins

Publicado em 23 de dezembro de 2020 às 19h13.

Uma das principais discussões na esfera corporativa em 2020 foi como a pandemia acelerou a transformação digital em todos os setores da economia. Na comunicação, isso foi ainda mais evidente. O digital é a realidade, ou parte dela, em qualquer organização.

Com essa transformação digital, o volume de dados criados e armazenados também cresceu exponencialmente. A previsão para 2020 era de que seriam gerados 350 zettabytes de dados digitais no mundo, ou 35 trilhões de gigabytes. Estima-se que essa produção dobre a cada dois anos. Com toda a reestruturação mundial provocada pelo isolamento social, esse número deve crescer.

A questão é que a organização não precisa processar todos os gigabytes gerados de informação ao longo do ano. Mas há alguns indicadores que, se corretamente mapeados e analisados, podem guiar 2021 com muito mais clareza.

No aspecto da comunicação, o mapeamento das ações que de fato foram efetivas, a avaliação de imagem, o engajamento de públicos e, sobretudo, a fixação do posicionamento da companhia são alguns dos objetos de análise que farão diferença na programação do próximo ano. A boa notícia é que, com o digital, ficou mais fácil mensurar essas informações. Entretanto, a oferta enorme de dados exige que as análises sejam mais assertivas e que a escolha dos indicadores para a avaliação seja certeira.

Com o fim do ano chegando, o fôlego parece ir junto, mas esse é o momento de definir quais são as perguntas a que os dados responderão a fim de que o planejamento para 2021 seja o mais assertivo.

Escolhendo as perguntas, é o momento de entender os caminhos para respondê-las, ou seja, quais os indicadores a serem usados. Feito isso, chega a hora de reunir os dados relacionados a esses indicadores. Por fim, a melhor hora: é o momento de analisar e traduzir o que os vários bytes nos dizem.

O roteiro é esse, mas apesar de ser descrito em um parágrafo, o planejamento baseado em dados exige bastante organização, disciplina e capacidade de análise. Se seus dados de 2020 ainda não estão organizados, o desafio aumenta, mas ainda é possível. Que tal usar os próximos dias para organizar seu data warehouse e aproveitar ao máximo o que os dados têm a dizer sobre 2020 e para 2021?

É sempre bom lembrar que dados sem processamento e análise são apenas acúmulo de informação e fim de ano é época de destralhar.

*Coordenadora de BI da FSB Inteligência

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