Nicole Batista Teixeira, da escola Bem Me quer, durante aula de robótica. (Bússola/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2021 às 09h30.
Por Bússola
Se para uma criança que mora em grandes cidades já é divertido ter acesso a uma aula de robótica, imagine para uma criança que vive em uma comunidade quilombola, localizada na zona rural?
Ontem, 1º de junho, uma unidade móvel do projeto-piloto Robótica Espacial, uma parceria entre a FNDE e a Universidade de Brasília (UnB), foi até a comunidade quilombola de Mesquita, a 50 km de Brasília. No veículo há um espaço maker com impressora 3D, robôs, rovers e outros aparatos que enchem os olhos de crianças e adolescentes.
O projeto busca promover a inclusão social levando robótica e programação para crianças de escolas públicas e de regiões carentes e quer atingir mais de 11 mil crianças de 250 escolas do Brasil.
As escolas participantes recebem licenças para baixar uma plataforma educativa que ensina conceitos básicos de robótica e de programação para estudantes da Educação Básica. Para acessar, o aluno só precisa ter em mãos um celular. No primeiro acesso é necessário o acesso à internet, mas, depois, o estudante pode continuar o curso mesmo sem rede.
Ihorrana Costa, estudante do 8º ano da Escola Municipal Aleixo Pereira Braga 1, chegou preparada para a aula de ontem. Já havia baixado a plataforma educativa em seu celular e montado, na tela, seu primeiro robô. No espaço maker, pôde ver esse protótipo ganhar vida e ser impresso em uma impressora 3D.
"Nunca tive aula de robótica, não conhecia. Quando consegui baixar no meu celular e fazer o meu robô, achei muito legal”, afirmou a estudante de 13 anos de idade. “A gente fica super concentrado fazendo. Adorei.”
A estudante Nicole Batista Teixeira, da escola particular Bem Me Quer, também esteve no espaço maker e se encantou construindo seu próprio robô. “Estou muito feliz com o curso. Consegui montar meu robô quase todo hoje.”
Com celular em mãos e a plataforma educativa instalada, estudantes puderam movimentar os protótipos colocando em prática o conhecimento de programação. Para o coordenador de curso da escola municipal, Sandro Oliveira Mançano, o projeto já mudou a realidade dessas crianças.
“Já criamos até um grupo de whatsapp para facilitar as orientações. Nosso povoado fica distante de tudo, temos crianças muito carentes, e tudo o que é novo demora muito tempo para chegar por aqui. Então, é uma oportunidade que não podemos perder”, diz o professor que foi de casa em casa convocando os estudantes para participar. A visita da carreta espaço maker só foi possível porque as comunidades quilombolas estão entre os grupos prioritários e já foram imunizadas contra covid-19.
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