Bússola

Um conteúdo Bússola

Cresce interesse de crianças e adolescentes por temas sociais, diz estudo

Responsáveis por crianças e adolescentes com idades entre 11 e 17 anos notaram interesse de alunos por saúde, equidade racial e mudanças climáticas

90% dos brasileiros disseram ter passado a assumir um papel mais ativo na aprendizagem de seus filhos. (Bússola/Reprodução)

90% dos brasileiros disseram ter passado a assumir um papel mais ativo na aprendizagem de seus filhos. (Bússola/Reprodução)

B

Bússola

Publicado em 31 de julho de 2021 às 17h00.

Última atualização em 4 de agosto de 2021 às 16h27.

A pandemia fez com os jovens brasileiros se tornassem mais interessados sobre temas sociais, segundo uma pesquisa global inédita realizada pela Pearson em parceria com a empresa de pesquisas de mercado norte-americana Morning Consult.

Segundo o estudo, que ouviu 6 mil pessoas, entre estudantes universitários e pais de jovens entre 11 e 17 anos em Brasil, China, Estados Unidos e Reino Unido, 76% demonstraram um interesse maior em educação, saúde, equidade racial e mudanças climáticas.

O estudo Global Learner Survey 2021 buscou analisar os principais impactos da covid-19 nos processos de aprendizagem globais e de que maneira a pandemia despertou interesses que antes estavam adormecidos.

"A pandemia da Covid-19 trouxe à tona grandes incertezas relacionadas ao universo do trabalho, não só pelo medo de a crise levar à perda de emprego como também pelas mudanças que vieram e ainda virão no que diz respeito a formas de trabalhar e novas habilidades que serão demandadas dos profissionais", afirma Juliano Costa, vice-presidente de Produtos Educacionais da Pearson Latam. "Com isso, a valorização da educação aumenta à medida em que as pessoas enxergam nela o caminho que as levará a estarem preparadas para responder a esses desafios".

Veja abaixo outros resultados da pesquisa.

A aprendizagem online chegou para ficar

Entrevistados entre pais e estudantes universitários nos quatro países acreditam que alguma forma de aprendizagem online sempre fará parte da educação daqui para frente. Cerca de 46% dos pais e 64% dos estudantes enxergam o ambiente online ou híbrido como ideal para a aprendizagem, mesmo para depois que a pandemia acabar.

Já no Brasil, 63% dos estudantes esperam que mais alunos de ensino superior frequentem aulas online ao invés de ambientes de educação tradicionais ao longo dos próximos dez anos.

A pandemia influenciou planos de aprendizagem e carreira

Segundo 56% dos estudantes universitários entre os países disseram estar reconsiderando suas trajetórias de carreira como resultado da pandemia, com 45% se dizendo inspirados a considerar uma carreira na área de saúde ou ciência. Já 63% universitários brasileiros dizem continuar seguindo o mesmo caminho educacional que haviam planejado antes da pandemia, enquanto 72% dos pais fazem essa mesma afirmação sobre seus filhos.

Ainda no Brasil, 40% dos universitários disseram ter reconsiderado ou adiado planos de estudar fora do país, enquanto 52% dos pais também tiveram que repensar sobre mandar seus filhos para aprender no exterior.

Acesso à internet como direito humano

No Brasil, 97% dos pais e 95% dos estudantes acreditam que a pandemia mostrou que o acesso à internet é um direito humano básico. Além de estar acima da média dos quatro países (87% para ambos os grupos), o Brasil é o que teve mais pessoas que concordaram com essa resposta.

No universo global da pesquisa, 90% dos pais e 92% dos universitários disseram esperar que os governos façam mais para garantir que os alunos tenham acesso à internet e a ferramentas digitais.

Siga a Bússola nas redes: Instagram | LinkedInTwitter | Facebook | Youtube

Acompanhe tudo sobre:DiversidadeEducaçãoPearsonSustentabilidade

Mais de Bússola

Sergio Muniz: proteger infraestruturas críticas nunca foi tão urgente

Apenas 20% dos clientes têm boa experiência com chatbot. Entenda o que pode estar faltando na sua IA

Recompensas personalizadas podem aumentar produtividade e gerar crescimento sustentável

Startup brasileira propõe 'rede social ESG' e garante vaga para se apresentar no Web Summit Lisboa