Linha de produção da Moove: empresa produz e distribui os lubrificantes da marca Mobil, promovendo a eficiência de veículos e equipamentos industriais que movimentam o país (Cosan/Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 9 de janeiro de 2025 às 17h55.
O compromisso com a inovação e a tecnologia sustentável tornou-se essencial para empresas que desejam liderar no cenário atual. Empresas como a Cosan são um bom exemplo de como a diversificação de portfólio e o investimento tecnológico podem transformar e impulsionam setores essenciais para a economia, tais como: energia, óleo e gás, agronegócio e mineração.
“A gente está vivendo tempos de muita transformação na forma como as pessoas compram os bens e consomem, inclusive, informação. Isso é uma realidade, e os grandes grupos empresariais também estão sendo impactados”, diz Cristiano Barbieri, VP de Inovação e Tecnologia da Compass, holding de gás da Cosan.
Inovar, digitalizar, aumentar a produtividade, reduzir custos e descarbonizar são os pilares da chamada Indústria 4.0 – e alguns dos principais objetivos da Moove, uma das empresas que integram o portfólio da Cosan. O negócio produz, distribui e oferece soluções em lubrificação para os segmentos automotivo, consumo e industrial. A companhia entrega aos seus clientes diversos benefícios, entre eles maior eficiência e performance de equipamentos; melhor gestão ambiental por meio da vida útil prolongada dos componentes, e redução do consumo de lubrificante e combustível.
Integram ainda essa lista maior eficiência energética graças ao menor consumo de energia; mitigação das emissões de CO2, mais segurança devido à redução de riscos operacionais durante a manutenção de máquinas e equipamentos, além da prevenção significativa de falhas de equipamentos.
“A combinação dos nossos lubrificantes de alta performance com a nossa plataforma de serviços, Moove Engineering Solutions, nos permite entregar aos nossos clientes industriais maior inteligência para tomada de decisão e maior produtividade de seus equipamentos", diz Marília Goldschmidt, gerente executiva de Marketing da Moove.
Um exemplo são os serviços de análise de vibração e data analytics. Com base nas análises do óleo usado, ele possibilita que a indústria identifique, com antecedência, qualquer falha ou oportunidade de ajuste nos equipamentos para obter a maior produtividade e disponibilidade das máquinas.
“Nossa plataforma Moove Engineering Solutions incorpora os princípios da Indústria 4.0, como Data Mining, Analytics, Machine Learning e IoT [Internet das Coisas]. Esses elementos nos mantêm alinhados com as mais recentes tendências tecnológicas, e nos capacitam a oferecer soluções altamente personalizadas e eficazes”, completa Marília.
Outro exemplo que caminha em direção ao desenvolvimento mais sustentável é a Rumo. A empresa de transporte e logística ferroviária do ecossistema Cosan conta com investimentos que superam a casa de bilhões de reais em tecnologia, e já desenvolveu muitos dos processos que revolucionaram as operações do transporte de cargas nos últimos anos.
Exemplo disso foi a implementação do Trip Optimizer. Considerado um dos melhores sistemas de condução semiautônoma de trens do mundo, ele reduz o consumo de combustível e as emissões de gases de efeito estufa.
Outra inovação veio com a implantação do Otimizador de Circulação, solução baseada em inteligência artificial (IA) para definição de cruzamento de trens, trazendo mais agilidade e segurança ao controle operacional.
A Rumo também contribuiu com a modernização da comunicação terra-trem, implantando quatro meios de comunicação nas locomotivas, entre eles satélite de alta capacidade, rádio e 4G.
Além disso, a empresa investiu milhões de reais em antenas 4G na Serra de Santos para 100% de cobertura da malha, trazendo também benefícios para a população próxima dessa região. Isso possibilitou a comunicação, em tempo real, das centenas de sensores IOT ao longo dos milhares de quilômetros da malha ferroviária, que sinalizam itens como trilho quebrado, quedas de barreiras, temperatura das rodas e da via, condições climáticas, entre outros.
A adoção de tecnologias como 4G e comunicação via satélite possibilitaram o monitoramento em tempo real das operações, reduzindo o tempo de comunicação em média de 5 minutos para menos de 3 segundos.
“Temos trens sustentáveis e continuamos investindo em busca de processos cada vez mais modernos. Esses quatro exemplos citados são importantes sistemas que integram tecnologia e inovação no cotidiano das operações da Rumo, fundamentais para o escoamento da produção de grãos do país e para o abastecimento do mercado mundial”, diz Marco Andriola, diretor de Tecnologia da Rumo.
Atualmente, 85% das viagens de trens que saem de Santos (SP) até Rondonópolis (MT) e vice-versa, por exemplo, são feitas de forma semiautônoma. Ou seja, o maquinista permanece na locomotiva, mas suas funções mudaram: ao invés da condução, tem maior foco nas condições da via e nas orientações do Centro de Controle Operacional que, por meio de uma rede de comunicação avançada, consegue monitorar todo o trajeto e conferir mais segurança e eficiência à jornada. “Nós aplicamos inteligência na ferrovia. Essa é otimização: o trem chegar mais rápido, com segurança e consumindo menos combustível”, diz Andriola.
Criada em março de 2020 (oito anos após a Cosan ter adquirido a Comgás), a Compass é outra empresa que vem fazendo a diferença, neste caso para a transição energética do país, por meio do gás natural e do biometano.
“Quando a gente olha para dentro da Compass, onde estão as nossas empresas de gás, vemos essa transformação tecnológica a nosso favor”, reforça Barbieri. Segundo ele, com um modelo de inovação aberta, a estratégia de desenvolvimento segue três linhas-mestras: digitalização dos serviços de atendimento para oferecer mais rapidez e resolução de problemas aos clientes; sensorização de toda a rede de distribuição com o objetivo de aumentar o dinamismo e a segurança das operações; investimento em pesquisa com foco em eficiência energética e sustentabilidade.
“Temos todos os anos projetos desenvolvidos nas empresas de gás que melhoram a qualidade do serviço prestado aos clientes e que promovem, inclusive, a criação de novos serviços”, resume o executivo.
Ele destaca a parceria da Compass com a Orizon na produção de biometano, a partir de resíduo orgânico. As duas empresas operam uma usina de purificação de biogás, dando origem ao biometano. “Essa busca de biometano a partir do agro e do lixo começa com muita pesquisa e desenvolvimento”, explica Barbieri.
A rede de distribuição de gás natural das empresas da Compass, que será utilizada também para o biometano, tem cerca de 25 mil quilômetros. “Conectamos, todos os anos, cerca de 200 mil clientes. Levamos para cada cidade centenas de pessoas para as obras. Ou seja, além de promovermos a universalização do acesso ao gás natural encanado, possibilitamos o desenvolvimento dessas regiões investindo na formação de profissionais para atuarem nas obras e gerando empregos”, explica VP de Inovação e Tecnologia da Compass, holding de gás da Cosan.