: Segmentos de serviços médico, financeiro, a indústria de manufatura e o comércio são os mais afetados por ataques cibernéticos (seksan Mongkhonkhamsao/Getty Images)
Bússola
Publicado em 30 de novembro de 2021 às 22h15.
Os ataques cibernéticos estão entre os cinco principais riscos que podem ocorrer em até dois anos, de acordo com o estudo Global Risk Report 2021, feito por uma seguradora, em parceria com as universidades de Oxford e de Singapura e a consultoria de riscos e corretora Marsh & MacLennan. Na edição anterior do estudo, em 2020, eles estavam na sétima posição em probabilidade e em um horizonte de prazo mais longo.
Os segmentos de serviços médico, financeiro, a indústria de manufatura e o comércio são os mais afetados por ataques cibernéticos e, por consequência, os que mais procuram a modalidade de seguro para esta proteção, embora os ataques podem ocorrer em computadores pessoais.
A Bússola conversou com Hellen Fernandes, gerente de Linhas Financeiras da Zurich no Brasil, para saber mais sobre.
Bússola: Como o seguro cibernético protege as empresas?
Hellen Fernandes: O seguro é uma proteção de dados, que ajuda a evitar eventuais perdas financeiras, devido à violação de segurança ou de privacidade de informações. As proteções oferecidas atuam nas seguintes frentes:
Porém, além de atuar no pós-incidente, algumas seguradoras também dão o suporte necessário para lidar com a crise, por meio de engenheiros especializados em riscos cibernéticos, para avaliação de riscos, ajudando-as a identificá-los e propondo melhores práticas de gestão do risco.
Bússola: Em que momento a empresa deve contratar um seguro cibernético? Quais são os pontos de atenção nessa contratação?
Hellen Fernandes: Empresas e pessoas são cada vez mais digitais. Consequentemente, tem seus dados cada vez mais expostos no universo online, o que explica o crescimento de ataques de hackers — um fenômeno que não é local; é mundial! Soma-se a isso o fato de que muitos usuários passaram a trabalhar em casa por conta da pandemia. Juntos, esses fatores transformaram o que era uma prática esporádica em uma ameaça frequente.
Nesse contexto, as empresas precisam ficar atentas às possíveis vulnerabilidades e, para tal, devem procurar ferramentas para gerir essa questão de maneira adequada e eficiente, buscando conhecimento e proteções de acordo com a legislação e com cada modelo de negócio.
Uma estratégia bem-sucedida de segurança e privacidade de dados passa por criar consciência quanto à existência desses riscos dentro da empresa e garantir que haja um engajamento, em especial da alta administração, para garantir que toda essa estratégia seja colocada em prática.
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