Com a aproximação do 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, o assunto equidade de gênero é ainda mais evidenciado (Morsa Images/Getty Images)
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Publicado em 26 de fevereiro de 2024 às 16h00.
A semana mal começou e a gente já está olhando pro fim dela. É que, na sexta-feira, entraremos em março, considerado o Mês da Mulher.
Para além da efeméride, a data é uma oportunidade para que gestores e RHs olhem com ainda mais atenção para um dos principais pilares do ESG: a equidade de gênero.
Todo mundo sabe da importância disso, mas, quando olhamos os números, fica claro que ainda precisamos caminhar muito para que a questão de gênero deixe de ser uma barreira para contratação ou promoção de talentos.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho:
Unanimidade (no discurso)
Se você perguntar pra qualquer um, todos dirão que é preciso avançar nessa agenda. Mas, na prática, ainda caminhamos a passos de tartaruga para diminuir o abismo que ainda existe entre eles e elas. Segundo o Fórum Econômico Mundial, se continuarmos nesse ritmo, a desigualdade entre homens e mulheres só será superada em 2154.
Cabe a cada um agir dentro do seu microcosmo para tentar mudar isso. Para ajudar principalmente os gestores nas empresas, convidamos a CEO da Plure*, Jhenyffer Coutinho, para elencar 5 estratégias para atrair e reter talentos femininos.
Utilizar critérios de avaliação baseados em habilidades e competências, e não em características pessoais, garante que todas as candidatas sejam avaliadas de maneira igualitária.
Desenvolva treinamentos específicos que abordem vieses inconscientes e promovam a conscientização sobre a importância da imparcialidade durante o recrutamento.
“Os profissionais de RH devem estar aptos a reconhecer e superar preconceitos que podem influenciar suas decisões”, afirma Jhenny.
A liderança deve atuar na promoção de políticas inclusivas no ambiente corporativo.
Isso permite aos colaboradores o acesso a diretrizes que abordam assuntos como assédio, vieses inconscientes para as lideranças e síndrome da impostora para as mulheres.
Somente 25% de mulheres estão em posições de liderança, segundo pesquisa da McKinsey.
Neste cenário, a mentoria é uma grande aliada no crescimento profissional delas, proporcionando orientação, apoio e oportunidades de aprendizado.
Programas estruturados de mentoria conectam mulheres a líderes experientes resultando em um networking cada vez mais rico.
O objetivo do RH é criar um espaço em que as colaboradoras, sejam cis ou trans, se sintam confiantes e engajadas.
Para isso, sua organização pode realizar rodas de conversa exclusivas, fomentando a escuta sem julgamentos.
Para implementar iniciativas de diversidade e equidade, é crucial sensibilizar todas as lideranças, independentemente do gênero.
Uma abordagem ideal envolve educar sem culpabilizar, esclarecendo equívocos e apresentando exemplos de organizações bem-sucedidas nesse aspecto.
Uma maneira tangível de promover diversidade e inclusão é por meio de ações sociais.
Um exemplo prático é proporcionar conhecimento que conceda autonomia, como programas de suporte a mulheres desempregadas.
Além de cumprir metas ESG, essas ações reforçam o employer branding, destacando a empresa como socialmente responsável.
"Quando investimos no empoderamento feminino, colhemos benefícios como indivíduos e também como organizações que valorizam a diversidade, a inovação e o progresso coletivo”, Jhenny conclui.
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