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Comunicação: a nova fronteira da adequação à LGPD

Jargões jurídicos e de TI dificilmente engajam os colaboradores, que precisam entender seu papel na engrenagem de proteção de dados

Boa comunicação melhora e agiliza processos. E também assegura engajamento e compreensão do mapeamento e dos riscos (Vectorpower/Getty Images)

Boa comunicação melhora e agiliza processos. E também assegura engajamento e compreensão do mapeamento e dos riscos (Vectorpower/Getty Images)

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André Martins

Publicado em 26 de março de 2021 às 15h40.

Última atualização em 26 de março de 2021 às 17h55.

A LGPD celebrou na semana passada seis meses de sua entrada em vigor. Com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) se fortalecendo a cada dia e com o tema ganhando recorrência no mundo empresarial, instituições privadas ou públicas — em geral iniciando seu processo de adequação — têm focado seus esforços em ações jurídicas e de tecnologia.

Mas, passada a implementação, é a comunicação quem deve ganhar protagonismo. Pois não importa quão robusto seja o framework se não houver adesão na linha de frente.

Boa comunicação melhora e agiliza processos. E também assegura engajamento e compreensão do mapeamento e dos riscos.

Um sistema de gestão automatizada de requisições de titulares de dados é fundamental, assim como falar a linguagem do cidadão comum. Isso tende a reduzir judicialização, comunicações à ANPD e a vulnerabilidade a requisições oportunistas, frequentes na Europa pós-GDPR, a legislação correspondente à LGPD no velho continente.

Além disso, já não é suficiente uma boa política de proteção de dados na intranet. Os colaboradores precisam entender seu papel nessa engrenagem — e dificilmente jargões jurídicos e de TI conseguirão engajá-los cotidianamente nessa tarefa.

Finalmente, uma vez expostos à crise após um vazamento, são as relações públicas que poderão conter o desastre reputacional de longo prazo, em desastres de novas proporções, com pessoas não apenas solidárias às vítimas, mas individualmente afetadas aos milhões.

Que estratégias de comunicação sua organização implementou para se adequar ao novo paradigma de proteção de dados?

* Renato Cirne é Diretor Juridico e de Compliance da FSB Comunicação, Marcela Canavarro é professora e pesquisadora da FGV DAPP e Ana Busch é jornalista e diretora editorial da Bússola

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