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Como ver exatamente o que os visitantes fazem em sua página

Truque simples, mas de alto valor, mapas de calor podem mostrar caminho para uma estratégia bem sucedida

Entenda como analisar detalhadamente o comportamento do consumidor. (Lina Cekhovich/Getty Images)

Entenda como analisar detalhadamente o comportamento do consumidor. (Lina Cekhovich/Getty Images)

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Publicado em 29 de julho de 2025 às 10h00.

Por Livia Menna Barreto Ribeiro*

Transformar seu site em uma máquina de gerar leads e otimizar suas campanhas de marketing pode parecer um grande desafio. Mas, e se você pudesse visualizar exatamente como os visitantes interagem com suas páginas? É aí que entram os mapas de calor, ferramentas poderosas que ajudam a entender o comportamento dos usuários.

Os mapas de calor — ou heatmaps — são representações visuais que indicam, por meio de cores, onde as pessoas clicam, movem o mouse ou até onde rolam a página. Quanto mais quente a cor (como vermelho ou laranja), maior a interação naquela área; tons frios (como azul) indicam pouca atividade. Com esses dados em mãos, você consegue identificar o que atrai a atenção dos visitantes e o que passa despercebido, permitindo ajustes estratégicos que aumentam as conversões.

Para se ter uma ideia, o mercado de software de heatmaps tem registrado um crescimento expressivo nos últimos anos, impulsionado pela demanda por ferramentas que auxiliam na visualização de dados e na compreensão do comportamento do usuário em plataformas digitais. Em 2023, o setor foi avaliado em aproximadamente US$ 3,2 bilhões e as projeções indicam que deve alcançar cerca de US$ 18,6 bilhões até 2033, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 19,4%, de acordo com dados do Data Horizon Research.

O uso de ferramentas de heatmap tem se tornado cada vez mais comum, com mais de 515.000 empresas adotando esses recursos para analisar o comportamento dos usuários em seus sites e aplicativos.

Por que usar mapas de calor?

Ao analisar os pontos de maior interação, é possível otimizar a posição de botões e chamadas para ação (CTAs), além de corrigir problemas de layout que podem estar prejudicando o desempenho. Por exemplo, se um botão importante está em uma área fria, talvez ele precise de mais destaque ou ser reposicionado para atrair mais cliques.

Os heatmaps podem ser de diferentes tipos, cada um trazendo informações específicas sobre a navegação. O mapa de cliques mostra onde os usuários mais interagem, enquanto o mapa de movimento do mouse indica para onde o olhar tende a se dirigir, já que o cursor costuma acompanhar a visão. O mapa de rolagem revela até onde os visitantes descem na página, ajudando a identificar se o conteúdo está muito extenso ou mal estruturado. Por fim, o mapa de atenção une dados de cliques e rolagem para destacar áreas que realmente capturam o interesse.

Essas informações são especialmente úteis para quem trabalha com e-commerce, marketing digital e otimização de UX, pois mostram onde os usuários estão concentrando seus esforços — ou abandonando o site.

Exemplos práticos que fazem a diferença

Imagine um e-commerce que percebe que o botão "Adicionar ao carrinho" está em uma região pouco clicada. Após analisar o mapa de calor, a equipe decide posicioná-lo mais próximo à imagem do produto e ajustar o contraste. O resultado? A taxa de conversão aumenta, pois o botão ficou mais visível e acessível.

Outro exemplo: um blog corporativo nota que os leitores abandonam a página antes de chegar ao CTA no final do texto. O mapa de rolagem revela que a maioria não desce até o final. A solução foi incluir o botão de assinatura no meio do conteúdo, garantindo que ele apareça na área de maior engajamento.

Em campanhas de email marketing, os mapas de calor também fazem a diferença. Eles mostram quais links chamam mais atenção e quais permanecem esquecidos. A partir dessas análises, é possível reformular a estrutura do email para garantir que as chamadas principais estejam em áreas mais "quentes".

Para obter resultados ainda mais sólidos, combine os dados dos mapas de calor com outras métricas, como taxa de rejeição, tempo de permanência na página e fluxo de navegação. Isso ajuda a entender se o problema está no layout, no conteúdo ou na estrutura da página.

Se o mapa de calor mostra cliques fora de links ou botões, pode ser um indicativo de que algo não está claro para o usuário. Nesse caso, ajustes no design podem corrigir o problema, tornando o site mais intuitivo.

Mapas de calor não são apenas gráficos coloridos; são estratégias inteligentes para otimizar sites e campanhas digitais. Com eles, você entende onde os visitantes interagem mais e por que algumas áreas ficam esquecidas. Ao fazer ajustes com base nessas informações, você melhora a experiência do usuário e aumenta as chances de conversão.

*Livia Menna Barreto Ribeiro é Diretora de Marketing da Dinamize, plataforma completa em automação e e-mail marketing.

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