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Como sair da síndrome do “FOMO” para o “JOMO“

Este mês, a consultora e especialista em empreendedorismo Alice Sosnowski fala da importância de saber priorizar, deixar de lado o que não é importante e conquistar qualidade de vida

FOMO, Fear of Missing Out ou Medo de perder algo é uma expressão estrangeira criada em 2000 (Aleutie/Getty Images)

FOMO, Fear of Missing Out ou Medo de perder algo é uma expressão estrangeira criada em 2000 (Aleutie/Getty Images)

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Publicado em 16 de novembro de 2023 às 13h00.

Por Alice de Salvo Sosnowski*

Você já sentiu medo de ficar de fora dos acontecimentos que circundam a sua vida pessoal e profissional? Pode ser aquele show imperdível, ou o congresso da sua área de atuação profissional , o curso de atualização e networking, o happy hour da empresa e mais uma série de eventos que te colocam sempre com uma sensação de que está sempre devendo porque não participou de tudo. 

Esse sentimento é tão presente que virou uma sigla já conhecida: o FOMO (Fear of Missing Out ou Medo de perder algo), usada para descrever a ansiedade que se instala em nós quando achamos que não estamos por dentro de tudo. 

O termo foi criado em 2000 pelo estrategista de marketing Dan Herman, porém o sentimento não é novo. O medo de não ser incluído faz parte de nossa existência, pois toca em questões extremamente humanas e mostra a nossa necessidade de relacionamento, afeto e pertencimento.  

No entanto, o crescimento exponencial da tecnologia e das mídias sociais elevou essa síndrome a uma potência que afeta a nossa saúde mental, emocional e até física. Já escutei relatos de profissionais que ficavam sem dormir para conseguir acompanhar tudo, pessoas que gastavam muito dinheiro para comparecer a todos eventos de sua área, e empreendedores que tomavam decisões impulsivas para não ficar de fora. 

Sempre digo nas minhas mentorias que conhecimento é poder, portanto entender essa síndrome a fundo nos faz entender as armadilhas que a sociedade e a nossa própria mente nos impõe. Para fugir disso, é preciso abrir espaço para o silêncio e deixar a nossa consciência priorizar o que é, de fato, importante. 

Não é uma ação banal saber escolher o que é essencial para nós em meio a estímulos constantes e o ritmo frenético da tecnologia. Para manter o pé na realidade, é necessário aprender a dizer NÃO (às vezes para nós mesmos) desligando as mídias sociais, estipulando limites saudáveis entre trabalho e lazer, negociando prazos e focando a atenção no momento presente. 

Neste último feriado, por exemplo, eu adiantei minhas entregas de trabalho, desliguei o celular e fui curtir 3 dias na praia com a minha família. No meio de uma conversa leve, me dei conta de que estava feliz por viver o aqui e agora. E lembrei de uma amiga que disse que sua busca é pelo JOMO (joy of missing out: a alegria de estar de fora), ou seja, a felicidade de experimentar o momento presente sem ansiedade ou compulsão pelo que acontece do lado de fora de nós mesmos.

*Alice Salvo Sosnowski é jornalista, consultora e especialista em empreendedorismo e soft skills. Foi eleita uma das Top Voices no Linkedin. Criadora da metodologia O Pulo do Gato Empreendedor©.

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