Bússola

Um conteúdo Bússola

Como o setor da moda se reinventou na pandemia de covid-19

Com o processo intenso de digitalização, empreendedores utilizaram ferramentas para aumentar engajamento e fidelizar clientes

Moda foi o segmento que mais cresceu no e-commerce brasileiro em 2020, aponta pesquisa. (Cavan Images/Getty Images)

Moda foi o segmento que mais cresceu no e-commerce brasileiro em 2020, aponta pesquisa. (Cavan Images/Getty Images)

B

Bússola

Publicado em 18 de outubro de 2021 às 18h32.

Por Jefferson Araújo*

O setor da moda já vem há muitos anos se transformando para atender o novo perfil do consumidor e hábitos de consumo. Mas foi no período pandêmico, que vivemos desde março do ano passado, que esse segmento se viu obrigado a mudar e automatizar processos que antes eram feitos de forma arcaica.

Durante o período vimos muitos lojistas já consolidados no mercado tendo que inserir soluções tecnológicas no dia a dia para continuarem vendendo mesmo sem terem familiaridade com ferramentas digitais. Ao mesmo tempo identificamos empreendedores apostando nesse segmento para aumentar a receita familiar, criando produtos para oferecerem aos clientes.

De acordo com a pesquisa Me Envia, produzida pelo Melhor Envio, plataforma de gestão de frete do Grupo Locaweb, moda foi o segmento que mais cresceu no comércio eletrônico brasileiro em 2020, com mais de 1,8 milhão de produtos comercializados, o que representa 19% do total analisado. Já o número de vendas passou de mais de 50 mil em abril de 2020 para 100 mil no mês seguinte. O estudo analisou mais de 9 milhões de transações em sua plataforma.

Esses dados mostram o potencial do setor mesmo diante de um cenário de incertezas e o quanto é capaz de se reinventar, procurar novos caminhos e estratégias em momentos de necessidade. Isso engloba desde o desenvolvimento de novos produtos, ao uso de soluções tecnológicas, participação em lives com outros especialistas do setor para discutir tendências, até o uso da gamificação para mostrar catálogos e se aproximar do público-alvo.

Pudemos ver nesse período os lojistas utilizando aplicativos de mensagens como WhatsApp e Telegram para divulgar produtos e promoções personalizadas de acordo com as necessidades de cada cliente; uso das redes sociais, como Instagram, Tik Tok e Facebook para melhorar o engajamento com os consumidores; envio de catálogos de produtos online; delivery de roupas; cadastro automático de itens comercializados; criação de ações estratégicas para comercializar os produtos em estoque e a migração do ambiente físico para o online com o objetivo de alcançar um número maior de pessoas, fidelizar os clientes, aumentar as vendas e fortalecer a marca no mercado.

Todas essas mudanças que ocorreram no universo da moda, os empreendedores já estavam trabalhando para implementá-las, mas a pandemia acelerou o processo de transformação digital e obrigou as marcas a adotá-las antes do planejado, para ganharem vantagem competitiva no mercado de atuação.

Mas, com certeza tudo isso só foi possível porque existem no mercado startups e inovações focadas no setor varejista e que auxiliam o empreendedor nesse processo de digitalização do ambiente físico para online, oferecendo consultorias, treinamentos e todo o suporte necessário.

Por isso, você que está ingressando no universo da moda, fique atento aos players que auxiliam tanto o grande varejista como aquele que está começando. Com certeza estes atuarão junto com você nessa empreitada, ajudando a passar pelos obstáculos de uma maneira mais leve e principalmente, com ideias inovadoras para atingir seu público. Pense nisso!

*Jefferson Araújo é CEO na Showkase, plataforma que ajuda pequenos negócios a venderem on-line de forma descomplicada e integrada a todas as redes sociais e canais digitais

Siga a Bússola nas redes: Instagram | LinkedinTwitter | Facebook | Youtube

Acompanhe tudo sobre:ComportamentoConsumoe-commerceModaPandemia

Mais de Bússola

7 em cada 10 brasileiros apostam na produção de biocombustível como motor de crescimento econômico

97% das empresas com receita de US$ 1 bi já sofreram violação por IA generativa, aponta instituto

Luiz Garcia: como a construção civil pode superar os desafios provocados pelo aumento do INCC

Bússola Cultural: moda periférica com Karol Conká e Tasha&Tracie