É preciso velocidade para se adaptar (Getty Images/Reprodução)
Bússola
Publicado em 30 de agosto de 2022 às 16h30.
Por Mateus Magno*
Trazer inovação e novas ferramentas tecnológicas para dentro das empresas é uma das principais metas das organizações que estão verdadeiramente preocupadas em crescer e garantir um futuro a longo prazo. Segundo o estudo Digital Leadership Report 2021, realizado pela consultoria global Nash Squared, se dedicar à uma agenda de investimentos em tecnologia é prioridade para 59% das instituições em 2022.
Ainda que esse movimento seja mais intenso nas grandes companhias, que possuem mais verba para focar seus esforços e equipes na jornada de transformação digital, vimos, principalmente após a pandemia de covid-19, uma movimentação significativa das empresas médias nesse sentido também.
De acordo com levantamento feito pela Oxford Economics, aproximadamente 89% das pequenas e médias empresas enxergam a digitalização como fundamental para o crescimento e continuidade dos negócios e 54% delas creem que a prioridade nos planejamentos são as transformações tecnológicas.
No cenário atual, está mais que claro que investir nessa questão deixou de ser um diferencial entre as companhias e passou a ser obrigatório para quem quer manter no mercado, conquistar novos consumidores, acompanhar seus desejos, e ganhar vantagem competitiva.
E os resultados dessa aposta têm se mostrado positivos para todos os lados: as instituições, que passam por processos de reinvenção e reestruturação dos negócios, se modernizando e atualizando para continuar a evoluir; as equipes, que têm a oportunidade de utilizar novas ferramentas que agilizem as entregas e permitam a criação de soluções inovadoras, e os usuários e clientes, que conseguem ter acesso a produtos e ferramentas com tecnologia de última geração e que de fato simplificam o dia a dia e retiram atritos desnecessários.
Porém, ainda que essencial e inevitável, essa empreitada também traz alguns desafios, sendo o principal deles o entendimento do que de fato significa passar por uma transformação digital e o que é preciso para que ela seja efetiva. Muitos líderes e gestores ainda têm dificuldade de entender que essa mudança não é apenas tecnológica, mas também envolve uma alteração na cultura da empresa e precisa do empenho de todos os colaboradores para que funcione.
Outro problema enfrentado pelas organizações desse porte ao adotar a inovação é a falta de conhecimento sobre os softwares e ferramentas, e profissionais qualificados para utilizá-las, o que gera mais atrito, pois o setor de tecnologia é fundamental para dar suporte às outras áreas da companhia que também estão se digitalizando.
Porém, o que tenho acompanhado é que as instituições médias estão se esforçando para romper todas essas barreiras, e estão se saindo bem nisso. Com a chegada de recursos como metaverso, 5G, blockchain e NFTs devemos ter uma transformação digital ainda mais acelerada e a criação de soluções que ajudem a concretizar o compromisso com o desenvolvimento de uma economia mais sustentável e inovadora e que permita com que elas cresçam de maneira mais intensa.
*Mateus Magno é CEO da Sambatech e Samba Digital
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