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Como as últimas décadas definiram a agenda sustentável para os negócios

A COP 26 foi um marco importante em várias décadas e que ajuda a definir como devemos incorporar a sustentabilidade em nossas práticas

É preciso continuar o caminho com a esperança em uma liderança inspiradora nascida da COP 26 (Roman Synkevych/Divulgação)

É preciso continuar o caminho com a esperança em uma liderança inspiradora nascida da COP 26 (Roman Synkevych/Divulgação)

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Publicado em 23 de dezembro de 2021 às 16h00.

Por Marcelo Silva*

Para os negócios, a COP 26 foi um marco importante em várias décadas e que ajuda a definir como devemos incorporar a sustentabilidade em nossas práticas, produtos e relacionamentos com stakeholders.

Na verdade, já se passaram 35 anos desde que o Relatório Brundtland tornou, pela primeira vez, o termo “desenvolvimento sustentável” como sendo parte de nossa linguagem empresarial cotidiana e iniciou o olhar para o futuro nas organizações, guiando os caminhos para nos tornarmos melhores cidadãos corporativos.

Em 1987, o relatório, em homenagem à ex-primeira-ministra norueguesa Gro Harlem Brundtland — que era presidente da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento na época —, mostrou como soluções de longo prazo para o desenvolvimento sustentável só poderiam ser alcançadas através da combinação de fatores sociais e econômicos e de questões culturais e ambientais unidas em uma base global. A partir desse momento, a empresa não pode mais negar seu papel no alcance da sustentabilidade.

Parece inacreditável pensar hoje que a Organização Mundial do Comércio (OMC) não tenha sido estabelecida até 1995. Assim como o relatório Brundtland, isso torna as ligações entre negócios e meio ambiente irrefutáveis ​​e, se isso não fosse o suficiente, em 1999 foram lançados os Índices de Sustentabilidade Dow Jones, permitindo que investidores éticos sustentassem negócios que seguem os princípios de desenvolvimento sustentável.

De nossa parte, na Lexmark, começamos a apoiar ativamente a economia circular há 30 anos e estamos comprometidos em ser neutros em carbono até 2035. Introduzimos a iniciativa de reciclagem do Programa de coleta de equipamentos Lexmark em 2003 e hoje nosso programa de coleta de cartuchos reutilizou ou reciclou mais de cem milhões de unidades.

Também projetamos nossos dispositivos Lexmark com maior durabilidade, construídos para uma longa vida de mais de sete anos e que podem ser recondicionados ou usados ​​para recondicionar outros equipamentos. Estamos orgulhosos de poder dizer que 39% dos plásticos nos dispositivos da marca Lexmark são reciclados e que ganhamos o prêmio 2020 Design for Recycling do Institute of Scrap Recycling Industries, Inc.

Em 2008, a ideia da Economia Verde e de baixa pegada de carbono entrou no mainstream à medida que governos de todo o mundo começaram a investir parte de seus incentivos econômicos em ações ambientais. Em 2015, o acordo climático de Paris foi assinado e nesse mesmo ano, na Lexmark, começamos a fazer um esforço conjunto para limitar a quantidade de água que usamos — até agora, reduzimos nosso consumo de água em 34%.

Desde 2019, os relógios climáticos começaram a funcionar em todo o mundo, fornecendo uma contagem regressiva visual clara para chegar a zero emissão. Nós, como muitos outros, esperamos ver esse relógio girar devagar e até mesmo ao contrário, indicando que o corte na taxa de aumento das emissões globais de carbono tem sido suficiente para evitar o impacto das devastadoras mudanças climáticas.

Todos nós percorremos um longo caminho desde 1987; então vamos continuar juntos — com esperança em uma liderança inspiradora nascida da COP 26.

*Marcelo Silva é gerente de logística da Lexmark no Brasil

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