Redes sociais: ontem, o Facebook afirmou ter rejeitado 2,2 milhões de anúncios, e 120 mil posts foram removidos por apresentar alertas de informações falsas (Hero Images/Getty Images)
Mariana Martucci
Publicado em 20 de outubro de 2020 às 08h00.
Desde que surgiram denúncias de que o Facebook fora usado, em 2016, em operações de manipulação de eleitores durante a campanha presidencial dos Estados Unidos e o referendo do Brexit no Reino Unido, a população começou a ficar mais atenta e a cobrar medidas das quatro maiores empresas de tecnologia do mundo. Afinal, o que estão fazendo para combater a desinformação?
O Facebook diz que redobrou seus esforços e alocou 35 mil colaboradores para cuidar da segurança das plataformas, além de parcerias com meios de comunicação especializados para a apuração de informações e investimento em inteligência artificial.
Na última semana, Facebook e Twitter baniram uma matéria do New York Post que fazia afirmações sobre possíveis negociações do filho do candidato à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, e que, além disso, continha informações pessoais do candidato, como seu e-mail.
Num primeiro momento, a rede social do passarinho proibiu seus usuários de publicarem links para a reportagem, enquanto o Facebook reduziu a frequência com que a matéria aparece nos feeds de notícias e em outros lugares na plataforma. Após dois dias, o Twitter voltou atrás da decisão, autorizando a distribuição da matéria, mas com alerta de origem suspeita.
Ontem, o Facebook afirmou ter rejeitado 2,2 milhões de anúncios, e 120 mil posts foram removidos por apresentar alertas de informações falsas. E as medidas também chegaram ao Youtube que alegou estar banindo da plataforma conteúdo que aborde teorias de conspiração como QAnon ou Pizzagate. A empresa disse que fortalecerá ações contra qualquer mensagem de ódio e assédio imediatamente.
Parece que, finalmente, a cobrança por transparência e as recentes leis de regulamentação estão surtindo efeito. Pela primeira vez, estamos vendo ações concretas das grandes plataformas para combater a desinformação e os discursos de ódio nas redes sociais.
Veja essa e outras notícias da semana na nossa curadoria Bússola. Boa leitura!
*Sócios-diretores da FSB Comunicação
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