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Plataforma de serviços fiduciários aponta para renda fixa como nova tendência dos investidores

Ativos como debêntures, FIDCs e Notas Comerciais registram crescimento e devem seguir em destaque no mercado, segundo CEO da Oliveira Trust

s títulos atrelados à Selic ou ao CDI tornam-se ainda mais atrativos em tempos de incerteza (Freepik/Freepik)

s títulos atrelados à Selic ou ao CDI tornam-se ainda mais atrativos em tempos de incerteza (Freepik/Freepik)

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Publicado em 10 de abril de 2025 às 07h00.

Com a taxa Selic em 14,25% ao ano e a expectativa de um novo aumento na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em maio, o mercado projeta que a taxa supere os 15% em junho. 

Nesse cenário, produtos de renda fixa, como FIDCs, debêntures e notas comerciais, devem continuar em destaque devido à segurança e previsibilidade de rentabilidade que oferecem, tornando-se cada vez mais atrativos tanto para investidores quanto para empresas.

O mercado de capitais brasileiro encerrou 2024 com um recorde de captação, totalizando R$ 783,4 bilhões, um avanço de 66,7% em relação a 2023, segundo a ANBIMA. Desse montante, 90% vieram de ativos de renda fixa, com destaque para debêntures, CRIs, CRAs, FIDCs e notas comerciais. Apenas em fevereiro de 2025, o volume captado já alcançou R$ 44,9 bilhões, impulsionado principalmente por debêntures, FIDCs e notas comerciais. 

Para José Alexandre Freitas, CEO da Oliveira Trust, o crescimento desses instrumentos reflete a busca das empresas por alternativas além dos bancos para levantar recursos. 

“Os investidores estão priorizando produtos que oferecem proteção e rentabilidade estável, especialmente diante da retomada do aumento dos juros. Debêntures, notas comerciais e FIDCs atendem bem a essa demanda, o que mantém esses ativos em destaque. Além disso, esses produtos de longo prazo se mostram vantajosos em períodos de juros e inflação elevados, momentos em que empresários, CEOs e gestores financeiros buscam fortalecer o caixa e alongar o perfil da dívida para garantir estabilidade”, explica Freitas.

Estabilidade é vantagem mais procurada

Os títulos atrelados à Selic ou ao CDI tornam-se ainda mais atrativos em tempos de incerteza, pois oferecem proteção contra oscilações nas taxas de juros. Com a alta da Selic, como ocorreu na última reunião do Copom, a rentabilidade desses títulos aumenta proporcionalmente, garantindo um retorno alinhado ao cenário econômico. 

No caso das debêntures, por exemplo, o volume registrado em janeiro e fevereiro de 2025 somados cresceu 91% em relação ao mesmo período de 2024. As empresas utilizam os recursos captados para alongar o perfil da dívida, permitindo o pré-pagamento de dívidas mais caras e a negociação de prazos mais longos, trazendo maior segurança para enfrentar eventuais flutuações do mercado.

As notas comerciais, por sua vez, têm ganhado espaço na captação de dívidas como uma alternativa menos burocrática às debêntures, permitindo captações mais rápidas para as empresas. Nos dois primeiros meses de 2025, esse mercado cresceu 288% em relação ao mesmo período de 2024. 

Já os FIDCs registraram alta de 53,5% até fevereiro, impulsionados pelo alongamento do perfil de dívida das empresas, que utilizam esses instrumentos para reforçar o caixa e mitigar riscos.

Mesmo com a Selic elevada, Freitas destaca que a Oliveira Trust mantém sua estabilidade. “Trabalhamos com contratos de longo prazo, o que nos dá um colchão de segurança. Nosso estoque atual pode propiciar receitas nos próximos 5 anos acima de R$1,6 bilhão, um volume robusto que garante continuidade e segurança mesmo em cenários desafiadores”, diz o executivo.

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