Ranking produzido pelo Instituto FSB Pesquisa mede a popularidade dos parlamentares nas redes sociais (Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Bússola
Publicado em 30 de junho de 2021 às 13h02.
A denúncia de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin pelo governo federal ajudou o deputado Luís Miranda (DEM-DF) a se tornar um dos líderes das redes sociais na Câmara dos Deputados. Após disparar 28 posições em uma semana, ele alcançou o 16º lugar no ranking FSBinfluênciaCongresso, que aponta os parlamentares mais populares online.
Publicação em que ele acusou o Ministério da Saúde de bloquear acesso de seu irmão, servidor da pasta, obteve mais de 29 mil curtidas e de 7 mil compartilhamentos no Twitter. E não foi o único. A série de posts sobre o tema, que dominou o cenário político e o levou a depor à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado, também obteve alto engajamento, com milhares de interações na última semana.
O ranking, produzido pelo Instituto FSB Pesquisa, mede a popularidade dos parlamentares nas redes sociais.
Já o segundo assunto mais comentado dos últimos dias – a operação de busca e morte de Lázaro Barbosa – foi um dos fatores que ajudaram a movimentar as redes sociais do deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM), policial militar e vice-líder do governo Bolsonaro. O post em que ele agradece às forças de segurança pela caça do suspeito de crimes na região de Cocalzinho (GO) obteve mais de 8 mil compartilhamentos e 3,2 mil comentários no Facebook. O resultado o ajudou a subir 20 colocações e obter o posto de 17º mais influente no período entre 22 e 28 de junho.
A agitação na base do ranking não se repetiu, no entanto, no topo do levantamento, onde os parlamentares mais atuantes em redes sociais mantiveram inalteradas suas posições. Carla Zambelli (PSL-SP), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF) e Carlos Jordy (PSL-RJ) estão há seis semanas nos quatro primeiros lugares da lista. Entre os partidos, o PSL também continua a dominar o ranking, com sete representantes. PT, DEM e PSol dividem a vice-liderança, com dois integrantes cada um.
Senado
O depoimento dos irmãos Miranda na CPI, na sexta-feira, também fez brilhar a estrela de integrantes do colegiado em redes sociais. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) foram os que mais avançaram no ranking FSBinfluênciaCongresso. Ela foi a parlamentar que conseguiu arrancar do deputado Luís Miranda a menção ao líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), em episódio de compra da Covaxin. A notoriedade a fez avançar seis posições e chegar a 11º, enquanto Aziz ganhou nove postos e alcançou o 13º lugar.
Ecoando em suas redes os depoimentos da CPI, outros senadores também avançaram no ranking. Foi o caso de Jorge Kajuru (Cidadania-GO), que subiu três degraus e chegou a 6º e de Alessandro Vieira (Cidadania-SE), suplente na comissão, que alcançou a 10ª colocação após ascender duas posições. Igualmente integrante do colegiado, Humberto Costa (PT-PE), por sua vez, desbancou Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e chegou ao 1º lugar, posto que já ocupou por oito vezes neste ano. O filho do presidente da República recuou para 2º.
Assim como ele, os defensores do governo na CPI amargaram recuos nas redes sociais e perderam espaço no ranking no período. Eduardo Girão (Podemos-CE) estacionou em 9º após retroceder três casas, e Marcos Rogério (DEM-RO) caiu do 3º para o 4º lugar. Em compensação, o momento não foi favorável também para o relator da comissão de inquérito, Renan Calheiros (MDB-AL), que ficou na penúltima posição da lista dos 15 mais influentes do Senado. O Podemos é o partido com leve vantagem em relação aos demais no FSBinfluênciaCongresso, com três representantes na lista.
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