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Com apenas 19 anos, ela criou um absorvente biodegradável com custo de produção de R$ 0,02 

Camily Pereira dos Santos foi reconhecida pela Forbes Under 30, recebeu mais de 29 premiações e conseguiu uma bolsa para estudar na universidade de Stanford nos Estados Unidos

A estudante Camily Pereira dos Santos, criadora do SustainPads, absorvente biodegradável de baixo custo (Fundação Estudar/Divulgação)

A estudante Camily Pereira dos Santos, criadora do SustainPads, absorvente biodegradável de baixo custo (Fundação Estudar/Divulgação)

Aquiles Rodrigues
Aquiles Rodrigues

Repórter Bússola

Publicado em 30 de novembro de 2023 às 07h00.

Última atualização em 30 de novembro de 2023 às 12h58.

Em 2022, com apenas 19 anos, Camily Pereira dos Santos desenvolveu um absorvente biodegradável, produzido a partir de materiais descartados por agricultores locais e com custo de produção de apenas R$ 0,02. O projeto garantiu reconhecimento da Forbes Under 30 e contribuiu para o ingresso dela na universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

O SustainPads, como foi batizado, foi desenvolvido pela estudante gaúcha durante o ensino médio integrado no Instituto Federal do Rio Grande do Sul, no campus de Osório. Junto com sua colega Laura Nedel Drebes e sob orientação da professora Flávia Twardowski, Camily desenvolveu o projeto com foco na transformação social e na solução criativa de uma questão importante para ela: a Pobreza Menstrual

O problema – que afeta até 52% das brasileiras, segundo o Instituto de Pesquisa Locomotiva em conjunto com a Always – é caracterizado pela falta de acesso a recursos básicos para uma higiene adequada durante a menstruação. Desde criança a estudante acompanhou as dificuldades da mãe com a Pobreza Menstrual e tinha um forte desejo de contribuir com a qualidade de vida de mulheres de todo o Brasil.

“Acredito que a ciência tem uma importante função social. Devemos olhar para os problemas ao nosso redor e trazer soluções inovadoras e sustentáveis, mas que sejam acessíveis a todos. O SustainPads foi criado para democratizar o acesso a um item tão básico de higiene que ainda falta a muitas meninas em todo o mundo e as impede de frequentar a escola com a devida regularidade”, ela explica.

O projeto recebeu mais de 29 premiações nacionais e internacionais, incluindo o prêmio de Cientistas do Ano pela revista Glamour e o reconhecimento da Forbes Under 30. Como fruto dessa trajetória de impacto social e mérito pelo seu desempenho acadêmico, a jovem cientista passou para a universidade de Stanford, nos Estados Unidos. 

Este ano, ela começou a cursar Engenharia Química e foi reconhecida com uma bolsa de estudos do programa Líderes Estudar, da Fundação Estudar, que recentemente abriu novas inscrições.

Para estudantes como Camily, a Fundação Estudar também já disponibilizou a pré-inscrição para o Fast Track, que antecipa uma primeira rodada de seleção para os programas Líderes Estudar ou o Tech Fellow. Dessa forma, os contemplados têm a certeza sobre o apoio até abril de 2024. Esse processo é voltado para jovens que estão se aplicando, já foram aceitos ou estão matriculados para iniciar o curso em universidades norte-americanas em 2024, em qualquer área do conhecimento. 

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