Aumento previsto pelos analistas na taxa Selic reflete diretamente nas taxas de juros cobradas pelas adquirentes e cartões de crédito (Bússola/Reprodução)
Bússola
Publicado em 3 de fevereiro de 2022 às 15h43.
Última atualização em 4 de fevereiro de 2022 às 09h07.
Mesmo diante da evolução do setor nos últimos anos e o crescimento de fintechs no país, a guerra das maquininhas ainda é uma realidade no mercado brasileiro. O aumento previsto pelos analistas na taxa Selic, anunciado na quarta-feira, dia 2, pelo Copom, reflete diretamente nas taxas de juros cobradas pelas adquirentes e cartões de crédito. A Bússola conversou com Pablo de Mello, sócio & CCO da CloudWalk, sobre como a empresa mantém sua vantagem competitiva diante da inflação e dos aumentos da taxa de juros. Confira:
Bússola: Qual é o diferencial da InfinitePay no mercado e como ela ajuda os pequenos e médios empreendedores e seus clientes?
Pablo de Mello: Nossa grande missão é reconfigurar a indústria de pagamentos oferecendo um sistema mais justo, e isso nos fez construir um modelo de taxas que é totalmente inovador no mercado brasileiro. O recebimento de todas as nossas vendas é feito em um dia útil e com desconto unificado das taxas, já considerando antecipação. Além disso, não exigimos contrato de fidelidade como requisito para disponibilizar as maquininhas, proporcionando mais liberdade e transparência aos usuários.
Os desafios são muitos, mas seguimos firmes no propósito de entregar as melhores condições para os nossos clientes. Hoje, a nossa taxa ainda permanece até três vezes menor do que a praticada por outros players do mercado, e diferentemente das práticas normais, nossa taxa é a mesma para todos, pequenos ou médios empreendimentos.
As discussões já previam o aumento da taxa Selic, que foi anunciado ontem. Como a InfinitePay vem blindando seus clientes financeiramente contra o aumento dessa e de outras taxas?
Isso está diretamente ligado ao compromisso que temos com os nossos clientes. Criamos a InfinitePay para revolucionar essa dor que atinge milhares de PMEs em todo o país. Em junho de 2019, a taxa Selic estava estabelecida em torno de 6,5%, e assim iniciamos nossa operação com nossa taxa de 7,45%. Com ela, veio o compromisso de não alterar nossos valores, e eles foram mantidos por 31 meses. Desde o início da pandemia, a Selic sofreu enormes flutuações numa tentativa de atenuar o impacto que a economia enfrentou. Nossa máquina InfiniteBlack Smart, por exemplo, teve seu preço reduzido radicalmente, indo de 12x de R$ 79,90 para 12x de R$ 11,90. Seguimos sem cobrar aluguel ou qualquer tipo de faturamento mínimo para manter os valores estabelecidos.
Em outubro do ano passado, a Selic atingiu os 7,75%, ultrapassando o valor da nossa taxa em 12x. Desde então, cobramos uma taxa menor que a Selic. Na prática, esse fator inviabiliza que nossa operação continue funcionando com sucesso a longo prazo. Ainda assim, optamos por observar a evolução da Selic antes de efetuar uma mudança. A atualização em dezembro de 2021 elevou ainda mais a Selic, para 9,25%.
Com esse novo aumento, chegou a hora de reajustar as taxas cobradas pela InfinitePay?
A atualização da taxa é necessária não só para nós, mas para boa parte dos serviços financeiros do Brasil. Seguiremos o nosso compromisso e, mesmo com a estimativa da Selic em 11,75% no fim de 2022, podendo chegar em até 12%, nosso reajuste ainda permitirá uma taxa significativamente menor do que a taxa básica de juros prevista.
Nosso propósito é e sempre será o de facilitar a vida de quem empreende no Brasil criando o melhor produto de pagamentos do mercado, com condições justas. A prova disso é quanto nossos clientes economizaram nos últimos quatro anos: fizemos as contas e, no total, deixamos de arrecadar mais de R$ 1,1 bilhão em taxas, quando comparamos com a média praticada pelo mercado.
Esse movimento é parte de nossas políticas de ESG, no que diz respeito à democratização do acesso aos serviços financeiros. Trabalhamos para incentivar a economia como um todo, permitindo que nossos clientes cresçam e se desenvolvam dentro de seus ecossistemas. Desta forma cumprimos a nossa responsabilidade socioeconômica no mercado brasileiro.
Então como vão ficar as novas taxas para os usuários das maquininhas?
Continuamos focados em entregar o melhor produto com as melhores taxas para os nossos clientes atuais e futuros. A partir de hoje, as vendas parceladas feitas em nossas máquinas de cartão sofrerão um reajuste ficando em 10,87% para parcelamento em 12 vezes. As nossas taxas para vendas no débito e crédito à vista continuam as mesmas e o recebimento continua sendo em um dia útil. Seguimos com a melhor taxa do Brasil comparado ao mix de ofertas dos demais adquirentes.
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