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Cash.in mira transformação do mercado de prêmios de incentivo

De janeiro até maio deste ano, empresa já transacionou R$ 26 milhões batendo o recorde de todo o ano de 2021

Empresa oferece carteira digital e entregas flexíveis (Juliano703/Getty Images)

Empresa oferece carteira digital e entregas flexíveis (Juliano703/Getty Images)

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Publicado em 27 de julho de 2022 às 17h00.

Última atualização em 27 de julho de 2022 às 17h27.

Bastou um semestre para que a Cash.in — plataforma 100% digital de prêmios de incentivo — alcançasse o melhor resultado de negócios de sua história. A fintech, que nasceu em março de 2018 e começou a operar em julho de 2019 com a promessa de desburocratizar os meios de pagamento para o ambiente corporativo, transacionou via plataforma R$ 31 milhões, de janeiro a junho deste ano, superando a sua melhor performance até então, de R$ 25 milhões em 2021.

O valor alcançado até junho é 15 vezes maior que o registrado em seu primeiro ano de operação, em 2019, quando transacionou R$ 2 milhões. A projeção para 2022 é de atingir R$ 100 milhões movimentados pelo sistema. E julho está bastante promissor: até a primeira quinzena, R$ 5 milhões já percorreram a plataforma.

A Cash.in carrega como diferenciais o posicionamento e a usabilidade. A empresa é hoje a única do mercado que tem carteira digital e entrega incentivos flexíveis. A empresa, que tem foco em grandes companhias, se especializou em otimizar o pagamento de premiações a colaboradores e terceirizados e, com este modelo, conquistou a confiança de 107 clientes, entre eles, Ambev, Suzano, BIC, Vigor, Fini, Burger King, Coca-Cola. Atualmente, a startup já conta com 68 mil usuários ativos e capitalizados, ou seja, pessoas que usam frequentemente a plataforma para organizar suas contas e usufruir de premiações.

De acordo com a fundadora e CPO da Cash.in, Nani Gordon, o sucesso da empresa tem relação com um olhar de fora do mercado de tecnologia e financeiro, já que tanto ela quanto sua sócia, a CEO Luciana Ramos, são executivas originárias do segmento de varejo que decidiram fazer uma transição de carreira. “A gente fala em dinheiro, transita em um meio que é eminentemente corporativo e monetário, mas com outro coração. É um novo viés para o capital. É o dinheiro feliz, já que o prêmio de incentivo é aquele valor extra que o colaborador recebe, sempre atrelado à consecução de sua meta”, afirma Nani.

Necessidade do mercado

Nani e Luciana são mulheres empreendedoras que captaram o zeitgeist (palavra alemã que significa "espírito do tempo"), de um mercado de prêmios de incentivo que estava em transformação e que sentia falta de uma solução que atendesse novas demandas.

Parece arcaico, mas existiam — e ainda existem — empresas que não atravessaram completamente o processo de transformação digital, gastando dinheiro com papel, burocracia e se perdendo na logística.

“Fomos aprender a fundo como funcionam os processos de distribuição de prêmios de marketing e vendas no Brasil. Criamos uma plataforma que permite que a gestão seja completa, de ponta a ponta. Com análises de resultado e full tracking do processo, as estratégias são assertivamente traçadas e concluídas com sucesso para empresas de todos os segmentos”, diz Nani.

A startup se especializou em possibilitar que empresas façam o pagamento de salários, premiações e demais pagamentos intraempresa como reembolsos, vale-alimentação, vale-combustível, entre outros tipos, a terceirizados e colaboradores, sem sem a necessidade de essa pessoa ter conta em banco.

Case

Há uma história que exemplifica bem como a empresa pode otimizar os processos de pagamento de premiação. “Uma das primeiras empresas que procuraram os serviços da Cash.in foi motivada pela falta de precisão nos processos e gargalos na operação. Eles começaram o relato contando que guardavam o equivalente a R$ 500 mil em gift cards no armário da gerente. Toda vez que movimentava um cartão, tinha de recontar. A cada entrega que era feita, havia a incerteza se o cartão chegaria ou não ao destino”, diz Nani.

Além da imprecisão e do descontrole, estavam em jogo ali outros custos e riscos, envolvendo auditoria, logística e a compra do cartão físico.

“Além do mais, para a produção do cartão pré-pago, era necessário informar o CPF da pessoa, endereço. Para ficar pronto, havia a necessidade de esperar um tempo médio de 30 dias, sem contar os complicadores envolvidos. Às vezes, o cartão chegava na empresa e a pessoa nem trabalhava mais lá. As empresas que insistem em utilizar cartões físicos para presentear com gift cards, no modelo pré-pago, sofrem com a necessidade de obter os dados de pessoas que, em 90% dos casos, não são seus colaboradores, são terceirizados ou prestadores de serviços.”

Nesse sentido, o serviço da empresa é estratégico também por conseguir atingir pessoas terceirizadas, sem precisar de dados sensíveis. A plataforma é capaz de fazer movimentações em dinheiro por meio de créditos depositados em uma carteira digital, que disponibiliza ao usuário os módulos concedidos pela empresa, tudo de forma fácil, sólida, segura, auditada e controlada.

Facilidades

Todo o modelo de negócios da empresa foi desenvolvido de modo a priorizar o desenvolvimento de uma plataforma robusta o suficiente para fazer toda a movimentação de grandes quantias em dinheiro, com inteligência de dados e segurança. O sistema simplifica o trabalho do marketing de incentivo, da logística reversa, do pagamento de Institutos de Pesquisa, entre outros, realizando, além do pagamento, a entrega de métricas e análises de resultados e históricos.

Sob o ângulo do usuário final, a empresa se comunica por meio de uma plataforma específica para o colaborador, que atende também pessoas não digitalizadas. Isto é possível porque seu sistema 360 conta com uma interface que facilita a navegação, usando imagens e cores, totalmente diferente dos sistemas bancários que, em sua maioria, são demasiadamente sóbrios e difíceis de entender. A plataforma abrange desde saques, TED, pagamento de contas, cupons de loja, entre outros módulos, de acordo com a escolha da empresa.

“Isso tudo faz com que a plataforma seja instantânea, resolvendo todo o problema de gasto de tempo da companhia. A partir do momento em que o executivo digita ‘enviar o lote’, imediatamente a lista de colaboradores já receberá o valor destinado, que é enviado e transita da forma que a empresa selecionou. Para o beneficiado, significa a liberdade de escolha: em vez de ganhar R$ 30 em um perfume e ter que gastar invariavelmente com isso, como acontece nas plataformas convencionais, o usuário pode escolher guardar esse dinheiro e esperar para comprar outra coisa, ou seja, amplia as possibilidades de se usufruir da premiação”, diz Luciana Ramos, CEO da Cash.in.

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