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Carolina Fernandes: Na Black Friday 2022, antecipação é a regra do jogo

A Black Friday é mais que uma simples promoção e este ano tem o diferencial de coincidir com o maior evento esportivo esportivo do planeta, a Copa do Mundo

Pior que não vender, é vender e não conseguir entregar (Leandro Fonseca/Exame)

Pior que não vender, é vender e não conseguir entregar (Leandro Fonseca/Exame)

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Publicado em 20 de outubro de 2022 às 09h30.

Por Carolina Fernandes*

O segundo semestre sempre foi a época do ano preferida pelos varejistas, pela sequência de datas comemorativas presenteáveis como: Dia dos pais, Dia das crianças, Black Friday e Natal.

Segundo a NielsenIQ Ebit, os e-commerces brasileiros venderam um total de R$ 4,2 bilhões entre a quinta e a sexta-feira da Black Friday de 2021. O valor representa um crescimento nominal de 5% em relação ao ano de 2020. Já para 2022, de acordo com o estudo da Méliuz com 25 milhões de usuários, 91,3% dos brasileiros pretendem comprar na data, número 20% maior em relação à pesquisa feita em 2021.

A Black Friday não é só uma promoção. Aqui no Brasil, por muito tempo se teve a fama de: “Tudo pela metade do dobro”, no qual muitas empresas aumentavam os seus preços próximos a data, para diminuir nessa época até o valor real do produto, não necessariamente sendo interessante ao consumidor.

Porém, este movimento tem mudado nos últimos tempos e o diferencial deste ano é o evento mundial esportivo, a Copa do Mundo, que acontece bem no meio da Black Friday e, por isso, a melhor estratégia a ser utilizada neste ano é a preparação e a antecipação para os eventos e eu vou te explicar o porquê.

Sabe aquela TV que você compraria porque estaria com um preço imperdível? Ou a reforma da casa colocando aquela churrasqueira para o ano novo? Muito provavelmente essas e muitas outras necessidades serão antecipadas para a Copa do Mundo, para assistir o jogo em uma telona, um churrasco com os amigos, entre tantas outras.

Por isso, esteja atento a promoções antecipadas, um esquenta Black Friday, uma “Black November” ou até mesmo uma “Black October”, podem ser muito proveitosas e são bastante prováveis.

Então, tudo planejado? O seu estoque está abastecido o suficiente? Suas encomendas foram feitas? Seus fornecedores têm capacidade de entrega? E a logística para isso tudo?

Isso vale para a fase de preparação e também para a fase das entregas. Pior que não vender, é vender e não conseguir entregar. Você pode jogar todo um trabalho fora se a TV não estiver instalada na casa do seu cliente na hora do jogo do Brasil.

Diante disso tudo, o jeito é descomplicar o marketing. Buscar simplicidade e assertividade é fundamental. A Black Friday vai exigir planejamento, atenção máxima aos prazos, transparência, flexibilidade para mudança de estratégia e uso de dados.

O primeiro passo é conhecer o seu consumidor, o seu potencial de compra, quais as pesquisas e buscas que ele tem feito, se antecipar e gerar a oportunidade antes da data oficial. Entender como ele compra é importante também, com a consolidação das carteiras digitais e PIX, se alguém ainda não incluiu essas opções entre as formas de pagamento, já está atrasado e pode perder vendas.

E, por fim, capriche no pós-venda. Aproveite que você proporcionou ao seu cliente uma jornada do consumidor incrível (claro que você fez isso, né?) e mantenha contato com ele. Crie oportunidades únicas e sutis de manter a conversa ativa, descubra o que funcionou ou não. Cultive essa relação e já pense nas próximas datas.

Respire fundo porque o planejamento de marketing para o Natal já está rodando, né? Não?!? Então corra e utilize todos os aprendizados da jornada do consumidor da Black Friday para melhorar ainda mais a experiência do seu cliente no Natal.

*Carolina Fernandes é CEO da Cubo Comunicação, palestrante e especialista em marketing & comunicação

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