Canabidiol: derivado medicinal é indicado para ansiedade, dores crônicas e convulsões (Tinnakorn Jorruang/Getty Images)
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Publicado em 26 de maio de 2025 às 07h00.
Depois de usar algoritmo de IA para analisar mais de 10 mil artigos científicos sobre o uso de cannabis medicinal em tratamentos de câncer, cientistas do Whole Health Oncology Institute, nos Estados Unidos, descobriram que 71,4% delas indicam efetividade.
Publicado na revista científica Frontiers in Oncology, o estudo detalha que 25,6% das pesquisas revisadas foram desfavoráveis e 2,9% apresentaram achados incertos.
A evidência segue o fluxo de novas descobertas e inovações no setor que, a todo vapor, já possui projeções de valor de até R$ 1 bilhão em 2025.
“A cannabis demonstrou ainda efeitos anti-inflamatórios, além de atuar no controle de dor, náusea e apetite em pacientes com câncer, o que é excelente, já que em estágios mais avançados do tratamento, os pacientes sofrem com a falta de efeito de medicamentos tradicionais a longo prazo, na contenção de sintomas”, explica a médica Amanda Medeiros, que possui certificação internacional em medicina endocanabinóide pela Universidade de GreenFlower Califórnia.
A pesquisa fornece evidência para intensificação dos investimentos do setor no desenvolvimento de tratamentos auxiliares para o câncer. Mas ainda é preciso aprovação de órgão regulador.
“O Conselho Federal de Medicina (CFM) reconhece a eficácia dos canabinoides apenas em síndromes de epilepsia e esclerose tuberosa. Com a nova pesquisa esperamos que o CFM revise essas indicações e passe a reconhecer a importância do uso medicamentoso também para pacientes com câncer", conclui Medeiros.
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