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Bússola Trends: experiência importa e quanto mais imersiva, melhor

Experiências imersivas trazem a impressão de “fluir” e buscam maneiras de cultivar conexões, gerar engajamento e fidelizar o público

Amantes da série podem viver, por algumas horas, como se estivessem dentro da produção (Malte Mueller/Getty Images)

Amantes da série podem viver, por algumas horas, como se estivessem dentro da produção (Malte Mueller/Getty Images)

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Publicado em 4 de maio de 2022 às 13h10.

Última atualização em 4 de maio de 2022 às 13h24.

Por Alexandre Loures e Flávio Castro*

Sabe aquele momento em que você está tão presente que se esquece de todo o resto? Em que está tão envolvido na situação que sente que todos à sua volta estão sentindo a mesma coisa e a sensação é de comunhão? Esse estado chama-se Flow e o conceito foi desenvolvido pelo psicólogo húngaro-americano Mihaly Csikszentmihalyi considerado um dos grandes pesquisadores sobre felicidade e criatividade.

O modo como nos envolvemos em uma atividade pode nos levar a essa sensação de plenitude; surfando na onda. De acordo com Mihaly, as pessoas ficam mais felizes quando se sentem ativas, participativas, envolvidas realizando coisas.

Experiências imersivas e interativas trazem essa impressão de “fluir” e é este estado que os criativos buscam maneiras de cultivar porque é mais uma maneira de criar conexões entre marca e consumidor, gerar engajamento, atrair mais pessoas e fidelizar o público que se envolve com essas ações.

Quando uma marca oferece ao seu cliente uma experiência customizada, diferenciada, criada a partir de um estudo profundo de seu comportamento e suas expectativas, ela se firma como um diferencial competitivo entre os seus concorrentes.

Experiências prazerosas são recompensadoras. De olho nesta tendência, o setor hoteleiro está vendo um crescente número de marcas investindo no marketing experimental. FILA, Hello Kitty, Toy Story, Bvlgari e Atari estão investindo na criação de hotéis temáticos para oferecer aos seus clientes e prospects, um universo imersivo de cultura de marca.

Coproduzido com a Netflix, o imersivo Bridgerton, em cartaz em DC, Chicago e Montreal, traz ao seu público um revival completo do Baile da Rainha. Amantes da série podem viver, por algumas horas, como se estivessem dentro da produção. O espetáculo entrega ao expectador a sensação de participação e pertencimento. Paralelamente, o Spotify lançou a playlist de Bridgerton oferecendo ao usuário também uma experiência imersiva onde ele pode conferir stories fixos com depoimento dos atores, compositor das músicas, além de informações de texto exibidas ao longo de cada canção.

Por aqui, a The Walt Disney Company Brasil anunciou a chegada, em julho, do “Mundo Pixar”, a maior experiência imersiva já realizada por eles. A venda de cotas de patrocínio já é sucesso e um marco na história de sua área comercial. O que podemos ver é que experiência importa e quanto mais imersivo, melhor. Profissionais de Yale já estão estudando uma teoria matemática para aumentar a imersão e o envolvimento em quase qualquer tarefa mas, independente dessa ferramenta que promete ser poderosa, o uso de novas tecnologias definitivamente traz novos ares para os negócios.

A possibilidade de maior interação, seja virtual ou presencial, promete a troca de conteúdos colaborativos, que promovem estreitamento da relação cliente + marca. O metaverso promete, para além disso, conteúdos interoperáveis, transbordando a capacidade da computação e elevando os dois universos — virtual e físico — a outros patamares.

Por ora, entrar no flow é criar mais e mais experiências imersivas e criativas, que levem clientes a surfarem na onda da marca.

*Alexandre Loures e Flávio Castro são sócios da FSB Comunicação

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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