Vista da Esplanada dos Ministérios, em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)
Bússola
Publicado em 4 de abril de 2022 às 07h00.
Última atualização em 6 de julho de 2022 às 15h01.
Abril marca uma nova fase da corrida eleitoral deste ano. Chegaram ao fim no início do mês o período de janela partidária, que permite o troca-troca de legendas entre parlamentares, e o prazo de desincompatibilização, obrigando quem vai concorrer às eleições a deixar cargos em governos. Com isso, os últimos dias registraram movimentos importantes nas peças do tabuleiro para a disputa de outubro.
Dez ministros de Bolsonaro abandonaram a Esplanada em busca de vagas no Congresso e no comando de governos estaduais. A maioria foi substituída por nomes técnicos da própria equipe. A dança das cadeiras incluiu o general Braga Netto, que deixou o Ministério da Defesa e é cotado para ser vice na chapa do presidente.
Mesmo antes da reforma ministerial, outras mudanças no primeiro escalão já haviam impactado o governo. Milton Ribeiro pediu para sair do Ministério da Educação diante das suspeitas de intermediação de pastores na liberação de verbas do MEC a municípios. E a Petrobras mudou de comando, com a demissão do general Joaquim Silva e Luna. Os sucessivos reajustes no preço dos combustíveis – e seu efeito eleitoral – teriam pesado na decisão de Bolsonaro, que escolheu o economista Adriano Pires para o lugar.
Quem também acaba de deixar o cargo são os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ambos do PSDB. Doria é o candidato oficial do partido na disputa presidencial, mas Leite corre por fora para tentar se viabilizar. Ainda no grupo da chamada 3ª via, o ex-juiz Sergio Moro, ao trocar o Podemos pelo União Brasil, desistiu, por ora, de concorrer ao Planalto, mas ainda não anunciou seus novos planos eleitorais.
Se o União Brasil ganhou Moro como correligionário, a legenda encolheu com a janela partidária. Antes o maior partido do país, nascido da fusão do DEM com o PSL, perdeu cerca de 40% dos seus deputados e tem agora apenas a 4ª maior bancada. No caminho inverso está o PL, partido do presidente Bolsonaro, que recebeu boa parte dos parlamentares do União Brasil e dobrou de tamanho, tornando-se a principal legenda. Na verdade, os partidos que formam a base do governo foram os que mais se beneficiaram com novas adesões e alcançam hoje 1/3 da Câmara.
Como todas essas movimentações nos partidos e nos governos vão afetar o xadrez eleitoral? As mudanças na 3ª via abrem espaço para uma candidatura competitiva de centro ou favorecem a polarização entre Lula e Bolsonaro? O que revelam as últimas pesquisas de intenção de voto? E como os números da economia têm impactado a corrida presidencial?
Todas essas questões serão debatidas pelos especialistas em análise política do Grupo FSB em webinar especial promovido pela Bússola, na próxima quarta-feira, 6 de abril, às 12h. Participarão da live os analistas políticos da FSB Comunicação, Alon Feuerwerker e Marcio de Freitas, e o sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa e da FSB Inteligência, Marcelo Tokarski. A moderação será feita por Rafael Lisbôa, diretor da Bússola.
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