Não há como evitar o conflito, as decisões difíceis e, muitas vezes, a priorização do todo, mas as individualidades podem - e devem - ser tratadas e respeitadas dentro de uma agenda especial de gestão. (Klaus Vedfelt/Getty Images)
Bússola
Publicado em 5 de abril de 2021 às 07h00.
Última atualização em 1 de novembro de 2022 às 20h43.
Se o mundo corporativo felizmente começou a discutir de forma mais intensa nos últimos anos os temas da inclusão e da diversidade, as empresas ainda estão longe de ter representada nas suas equipes a pluralidade da sociedade brasileira. Números do IBGE mostram que, enquanto as pessoas negras representam 56% da população do país, menos de 30% dos cargos de lideranças das companhias são ocupados por elas.
Nas grandes corporações, o retrato é mais desigual. Pesquisa do Instituto Ethos com as 500 maiores empresas do Brasil revela que os executivos negros estão à frente de menos de 5% das posições de chefia. A situação das mulheres negras é ainda pior: ocupam 0,4% dos cargos gerenciais dessas companhias.
O combate ao racismo estrutural no mercado de trabalho passa por ações afirmativas que ajudem a corrigir desigualdades e a inserir profissionalmente grupos em situação de desvantagem, que são vítimas de discriminação há gerações.
Para a inclusão ser efetiva e verdadeira, não basta garantir que gente de todos os perfis entre nas empresas. É preciso pensar essa proporcionalidade em todos os níveis hierárquicos, principalmente nos mais altos. Daí a importância de iniciativas como a da Bayer e a do Magazine Luiza, que lançaram programas de trainee exclusivos para profissionais negros.
Mais equidade no ambiente corporativo significa também mais vantagem competitiva. Empresas com um quadro diverso de funcionários – que têm diferentes origens, experiências e histórias de vida – são mais inovadoras e mais capazes de atrair talentos e conquistar novos mercados.
Em webinar promovido pela Bússola, na próxima quarta-feira, 7 de abril, às 12h30, lideranças negras vão debater os avanços e os desafios na busca por mais inclusão no mercado de trabalho, quase onze anos depois da entrada em vigor do Estatuto da Igualdade Racial no Brasil. Participarão do evento: Maurício Rodrigues, vice-presidente de Finanças da Bayer Crop Science para a América Latina; Cristina Pinho, diretora-executiva Corporativa do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP); e Leizer Vaz Pereira, fundador e CEO da Empodera. A moderação será feita por Rafael Lisbôa, diretor da Bússola, e Camila Costa, analista da FSB Comunicação.
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