Soluções precisarão colaborar para melhorar ainda mais esses processos de lifelong learning. (Carol Yepes/Getty Images)
Bússola
Publicado em 18 de novembro de 2021 às 20h28.
Última atualização em 12 de julho de 2022 às 13h32.
O conceito de lifelong learning se refere ao processo de educação continuada, prática extremamente necessária num mercado de trabalho dinâmico e competitivo, que ganhou ainda mais importância com a pandemia. Nesse contexto, adaptar-se foi mandatório em todas as relações sociais e de trabalho, sendo a principal adaptação garantir a segurança e bem-estar de todos. Assim, a educação corporativa passou por mudanças e inovações para atender a realidade das empresas ao longo da pandemia do coronavírus.
De acordo com Paula Simões, vice-presidente da Fundação Dom Cabral (FDC), a nona melhor escola de negócios do mundo de acordo com ranking do jornal britânico Financial Times, a pandemia foi um dos momentos mais desafiadores para a instituição nas últimas décadas.
“Tivemos que nos adaptar às limitações impostas pelo coronavírus e não deixar as aulas pararem”, afirma Simões. A vice-presidente também falou que um importante movimento da Fundação Dom Cabral nesse período foi redesenhar os cursos existentes e criar novos programas.
“Precisávamos ser capazes de preparar os clientes e participantes para os novos desafios do mercado a partir da covid-19 e ajudar empresas e organizações a responderem às complexas demandas que surgiram com essa nova realidade”, afirmou.
Já Rosangela Fernandez, gerente de recursos humanos do Assaí Atacadista, uma empresa de atacado de autosserviço, comentou sobre o desafio de seguir treinando, capacitando e integrando os mais de 52 mil colaboradores ao longo da pandemia. “Como uma empresa de serviço essencial, o primeiro passo foi garantir a segurança de todos, pois nossas lojas ficaram abertas e apenas em 2020, abrimos 19 novas unidades”, declara.
“Na sequência, cancelamos todos os treinamentos presenciais, levamos 100% do nosso processo seletivo para o on-line e adaptamos o conteúdo para o ambiente digital, pois além de capacitar o time de colaboradores, também precisávamos contratar e treinar os novos times”, diz Fernandez.
O diretor de Engenharia de Sistemas da Poly para América Latina, João Aguiar, comentou como a tecnologia foi essencial para as adaptações ao longo da pandemia. “O trabalho remoto e o ensino à distância não são novidades, mas foram intensificados com a pandemia e hoje, faz parte da realidade. Como provedores de soluções de comunicação, tivemos que nos adaptar e entender quais as ferramentas e soluções seriam mais adequadas para cada cliente, tendo como foco a eficiência e a segurança”, afirma.
Outro ponto destacado por Aguiar é como as empresas estão encarando essas ferramentas no contexto futuro. “Agora, o período de adaptação já passou, as pessoas e as empresas já estão acostumadas. Então, agora, entendemos que as soluções precisarão colaborar para melhorar ainda mais esses processos de lifelong learning, com intuito de melhorar e viabilizar um melhor conteúdo para todos”, diz.
Para o momento pós-pandemia, com o aumento da vacinação e diminuição de casos, os participantes entendem que o futuro da educação corporativa irá ser híbrido, integrando o presencial e o remoto como realidade.
Simões afirma que, de acordo com pesquisa da Fundação Dom Cobral, realizada com a organização ODDDA — O Dia Depois De Amanhã, 70% dos colaboradores consultados se declaram empolgados com as novas tecnologias incorporadas. “A pandemia impôs a necessidade de se testar coisas novas e percebemos que houve ganhos. No futuro, veremos que o formato híbrido continua”.
De acordo com Fernandez, a plataforma da Universidade Assaí conta com mais de 3.600 cursos e cinco escolas de formação e foi pensada para inspirar os colaboradores. “Na Universidade Assaí queremos despertar a curiosidade da nossa gente, pois está ligada ao conceito de lifelong learning. Para o futuro, vejo que teremos momentos presenciais e que o remoto seguirá presente. Agora, o nosso principal desafio é manter esse modelo, mas trazer aprofundamento, estamos buscando formas de trazer o engajamento para que a troca com o outro também esteja presente no on-line”, diz
Aguiar salientou como pequenas mudanças que foram ocasionadas pela pandemia, continuarão a fazer parte da realidade no futuro. “Wi-fi liberados nas lojas, por exemplo, isso já permite o acesso à informação de forma contínua. Em breve, teremos o 5G também que facilitará isso e esse é um legado da pandemia”.
Sobre o trabalho híbrido, Aguiar comentou a equidade de experiências entre as pessoas remotas e presenciais. “Estamos caminhando para o final da pandemia, e um ponto que destacamos com os nossos clientes é a importância e o cuidado para que não haja discriminação entre as experiências. Sabemos que um outro legado da pandemia é que algumas empresas ou áreas não voltarão ao presencial, mas sabemos também o quão importante é a troca presencial. Então é preciso pensar o futuro sobre como pensar a experiência a partir da tecnologia”.
Durante o webinar da Bússola sobre educação corporativa, Paula Simões, vice-presidente da Fundação Dom Cabral; Rosangela Fernandez, gerente de Recursos Humanos do Assaí Atacadista; e João Aguiar, diretor de Engenharia de Sistemas da Poly para América Latina, comentaram sobre as transformações necessárias para adaptar os treinamentos presenciais ao formato remoto, como manter os times engajados no pré e pós pandemia e destacaram como a tecnologia foi — e ainda é — essencial em todo o processo.
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