(anyaberkut/Getty Images)
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Publicado em 14 de novembro de 2024 às 13h00.
De acordo com o Anuário de Competitividade Digital, o Brasil é 57º em um ranking de 67 países avaliados pelo seu desempenho dentro do tema.
O país manteve a mesma posição que ocupou no ano passado, com uma pequena melhoria nos fatores conhecimento e prontidão para o futuro.
A análise é feita pelo IMD (International Institute for Management Development), em parceria com o Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC).
Ela leva em consideração a capacidade e a prontidão das economias mundiais para incorporar novas tecnologias digitais que podem impactar a produtividade econômica, o crescimento dos países e das organizações
“De forma resumida, o Anuário aponta a forte presença das economias asiáticas nas melhores posições do ranking, enquanto a Europa e a América do Norte recuaram um pouco. E alguns países da América Latina continuam ocupando posições inferiores”, resume Hugo Tadeu, professor e diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da FDC e líder da pesquisa no Brasil.
As análises do Ranking Mundial de Competitividade Digital mostram que as nações que ocupam as primeiras posições estão investindo de maneira consistente e estratégica em talentos, inovação tecnológica e formação acadêmica.
Esses países têm implementado políticas de longo prazo focadas no desenvolvimento de infraestrutura digital, formação de uma força de trabalho altamente qualificada e no fomento à pesquisa científica e novas tecnologias. Como consequência, observam-se ganhos expressivos em produtividade, crescimento econômico e competitividade global.
No contexto brasileiro, apesar de avanços significativos em áreas como educação, pesquisa científica e políticas de Inteligência Artificial, ainda há diversos desafios a serem enfrentados para melhorar a competitividade do país.
“A atração e retenção de talentos, a transferência de conhecimento, o financiamento para o desenvolvimento tecnológico e a criação de um ambiente regulatório mais dinâmico e eficiente são pontos críticos que precisam de maior atenção”, pontua Hugo Tadeu.
Segundo ele, a infraestrutura tecnológica do Brasil necessita de investimentos estratégicos, especialmente em segurança cibernética, conectividade e capacitação digital, para garantir um avanço consistente no cenário global.
A implementação de políticas públicas eficazes, a modernização das infraestruturas e o fortalecimento das parcerias entre o setor público e privado serão fundamentais para que o Brasil atinja seu potencial de inovação e desenvolvimento sustentável.
Em última análise, a construção de um futuro digital competitivo depende da preparação da força de trabalho e da criação de um ambiente favorável à inovação.
“Para isso, é imprescindível uma revisão das políticas educacionais e profissionais, com ênfase em treinamentos técnicos, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, bem como a adaptação do sistema regulatório para a era digital. A inclusão de novas tecnologias no ambiente corporativo e o apoio ao empreendedorismo digital também devem ser prioridades na agenda de transformação digital do Brasil”, completa Hugo Tadeu.
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