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Beatriz Leite: Acelerando startups de mulheres

Mapeamento da RME mostra 20 organizações atuantes com programas de startups e investimento para mulheres neste ano

Unilever lança o Prontidão Júnior após aumento de 15% de pessoas negras na liderança (courtneyk/Getty Images)

Unilever lança o Prontidão Júnior após aumento de 15% de pessoas negras na liderança (courtneyk/Getty Images)

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Publicado em 15 de junho de 2022 às 16h00.

Última atualização em 15 de junho de 2022 às 16h00.

Desde 2014, a Rede Mulher Empreendedora (RME) atua no fomento a startups de mulheres, seja com iniciativas próprias, como o programa de aceleração RME Acelera e o evento anual Mansão das Empreendedoras, seja construindo com outras organizações.

No início, há oito anos, poucas organizações olhavam para o tema. E até bem recentemente, poucas instituições podiam dizer contar com equipes preparadas para incluir a lente de gênero em sua atuação (afinal não basta lançar um programa pontual para dizer que atua com mulheres).

Eis que, após a pandemia, renovamos nosso mapeamento de organizações e nos deparamos com um cenário muito mais frutífero para os negócios delas: quase 20 organizações atuando com programas de startups e investimento para mulheres.

Ainda não é suficiente, sabemos. Na edição 2022 da Mansão, as falas das empreendedoras e das organizações à frente das ações de apoio ainda eram de um cenário bastante preconceituoso e desigual. Não faltaram exemplos nos quais jurados em bancas de investimento focavam suas perguntas em temas como maternidade para mulheres e sobre o funcionamento do negócio para startups de homens.

E um ponto importante foi bastante notado. Nos chamados para as iniciativas voltadas para startups, centenas de empresas se inscreviam, mas poucas se enquadravam no que é entendido no mercado por startup.

Conforme Celia Kano, Co-CEO da RME explica nesse artigo da Exame, startups são “negócios com propostas escaláveis, que estão testando novos mercados a partir do uso de tecnologia e buscam investimento para crescer”. Algo como aqueles aplicativos com uma equipe de desenvolvedores no cerne, atingem vários países e milhares de usuários em pouco, e trazem um diferencial ao mercado.

Não quer dizer que as mulheres não sejam inovadoras ou que não possam criar negócios tecnológicos.

Significa apenas que ainda não damos o incentivo suficiente, mesmo com o aumento da rede de apoio para ela. E que muitos negócios disruptivos que estão criados por aí ainda não chegaram nos cerca de 20 programas que vão impulsioná-los. Um desses programas, o RME Acelera, está com inscrições abertas. Acelere a chegada das startups de mulheres à linha de chegada e indique o caminho para elas.

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