Sistemas solares 'on grid', ligados à rede elétrica pública, pagam uma taxa toda vez que acessam a rede (Brenda Sangi Arruda/Getty Images)
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Publicado em 26 de setembro de 2025 às 13h00.
Faça chuva ou faça sol, quem tem painel solar ainda precisa pagar pelo menos uma taxa: a Tarifa do Fio B. Estabelecida pela Lei 14.300, em 2022, ela é cobrada pela utilização da infraestrutura da rede elétrica.
Quem gera menos energia do que consome, paga a Fio B ao usar a rede para receber o que ficou faltando. Quem gera excedente, paga para injetá-lo na rede e ganhar créditos com a distribuidora, mas – e aqui está o ‘pulo do gato’ – é possível contornar a taxa neste caso.
Desta forma, o usuário não ganha créditos, mas fica com sua própria fonte armazenada e não precisa pagar a Fio B. Saber dessa possibilidade é importante para quem está no processo de decidir se vale a pena investir em energia solar.
E empresas voltadas para energia renovável já estão de olho: foi a partir desta noção básica que a gestão da Solfácil baseou sua tomada de decisões para as estratégias mais recentes.
Em março deste ano, a empresa investiu US$ 1 milhão para lançar seu portfólio de baterias solares, e já viu o volume das vendas dobrar no segundo trimestre.
Segundo a empresa, que é ecossistema plural de energia solar, os fatores determinantes para a crescente popularidade das baterias solares são:
Falando do último, as quedas de energia, a demanda da Solfácil tem sido impulsionada principalmente por clientes residenciais em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Pernambuco — estados que recentemente sofreram apagões.
Segundo a Solfácil, muitos clientes da empresa, que já possuíam sistemas solares, estão retornando para adicionar baterias como retrofit. Enquanto isso, novos clientes têm adquirido baterias em conjunto com financiamento e seguro.
A empresa observa uma aceleração contínua ao longo do 3º trimestre e a considera evidência sólida de que não se trata de um pico pontual, mas de uma trajetória de expansão exponencial e sustentada.
“O que estamos vendo é o poder de um ecossistema em escala. Ao integrar financiamento, seguro e agora armazenamento, estamos criando um efeito multiplicador”, diz Brian Korgaonkar, CPO da Solfácil.
Na esteira de decisões dentro dessa abordagem, a empresa acaba de anunciar parceria com a Unipower, um dos principais fabricantes brasileiros de sistemas de armazenamento de energia.
A parceria se consolida com o lançamento do modelo de bateria em rack UPLFP48-100 EN, com instalação até sete vezes mais rápida e vida útil três vezes maior.
“Os clientes ganham mais conveniência e economia, os integradores expandem suas oportunidades de negócio e o mercado de solar e armazenamento acelera ainda mais”, conclui Korgaonkar.