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Baratear a Cannabis medicinal respeita causa e reconhece luta das famílias

Pacientes, famílias, médicos e cientistas lutam há décadas lutam contra a desinformação e o preconceito sobre o tema

A flexibilização para o plantio do cânhamo no Brasil já é vista com bons olhos até por bancadas mais conservadoras no Congresso (OpenRangeStock/Getty Images)

A flexibilização para o plantio do cânhamo no Brasil já é vista com bons olhos até por bancadas mais conservadoras no Congresso (OpenRangeStock/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2021 às 17h34.

Por Matheus Patelli*

Nos últimos dois anos, com os avanços da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que tornaram o acesso à cannabis medicinal menos complicado, vimos os benefícios da planta atraindo olhares de novos investidores do chamado cannabusiness

A sociedade em geral parece já ter feito um juízo positivo, entendendo parte dos impactos positivos gerados pelos produtos de cannabis com fins medicinais na vida de famílias inteiras.

O Congresso discute o tema, e uma flexibilização para o plantio do cânhamo em território nacional já é vista com bons olhos até por bancadas mais conservadoras. Fundos de investimento de ativos canábicos, startups e novos empresários debutam no setor, interessados no potencial de crescimento deste mercado, movimento extremamente aquecido em países como Canadá, Estados Unidos, Israel, Inglaterra, Portugal, Holanda e vizinhos da América Latina, dentre outros.

Como no Brasil a matéria-prima desses derivados precisa vir de fora do país, os produtos sofrem com a alta acumulada do dólar.

Ainda assim, no cenário atual há procura cada vez maior por parte dos pacientes. Somente em 2020, a Anvisa emitiu 18.850 autorizações de importação para pessoas que têm prescrição médica para o CBD, melhor registro histórico dos últimos anos, com um aumento de pouco mais de 120% em relação a 2019.

Mesmo com apenas um em cada 250 médicos receitando o canabidiol para os pacientes brasileiros, o assunto é pop e os negócios consolidados no Brasil nos últimos anos provaram ser escaláveis. No entanto, é necessário que nós, representantes do setor, voltemos os olhos para as famílias que têm nesses produtos seu alento em relação aos sintomas causados por doenças graves e de difícil tratamento.

Para mitigar os efeitos da pandemia na economia brasileira, decidimos tomar uma decisão significativa a partir deste segundo trimestre de 2021. Entendemos que, antes mesmo de ser um negócio, o amplo acesso aos derivados de cannabis é uma causa antiga e os avanços registrados hoje na regulamentação foram conquistados por pacientes, famílias, médicos e cientistas que há décadas lutam contra a desinformação e o preconceito deste tema.

Convertemos todos os nossos preços para o real, absorvemos parte do custo de frete e, consequentemente, reduzimos nossa margem de maneira significativa, para que cada vez mais brasileiros tenham acesso a essa medicina. Não se trata de uma ação de marketing, mas sim de uma política comercial estudada e definitiva. É uma contrapartida necessária para que as famílias não sejam ainda mais penalizadas pela retração socioeconômica.

Paralelamente a essa mudança, atualizamos nosso portfólio de produtos, trazendo novas soluções que podem ser receitadas também na medicina preventiva, em um grande desafio de seguir tendências de países com legislações mais avançadas e que não restringem a compra dos produtos a uma receita médica. Hoje, no Brasil, são apenas 2 mil prescritores de medicina canabinoide em um universo de meio milhão de médicos ativos no CRM (Conselho Regional de Medicina), portanto apenas 0,4% destes profissionais.

A HempMeds também tem como missão ser protagonista em transmitir informação de qualidade. Isso passa por tornar a informação acessível, simples e direta não só para os pacientes, mas principalmente para os médicos, autoridades dentro dos consultórios e que devem ter acesso a conteúdos sobre o tema.

A marca vai manter sua agenda de workshops gratuitos para prescritores e dar um passo a mais: entrar na academia. Em breve devemos anunciar um novo projeto liderado pelo CMO Renato Anghinah, unanimidade brasileira em neurologia. Também vamos ganhar território na medicina esportiva, fornecendo soluções para atletas brasileiros cuidarem do corpo, da mente e ganharem bem-estar na prática esportiva.

De agora em diante, mais do que se consolidar no mercado brasileiro com valores acessíveis, informação de qualidade, fomento ao conhecimento e valorização da ciência, nossa marca vem mais uma vez reforçar seu pioneirismo. Aguardem!

*Matheus Patelli, diretor geral da HempMeds no Brasil

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