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As vantagens competitivas do empoderamento feminino no mercado

Quatro líderes participaram do debate da Bússola sobre práticas que potencializam a força da mulher nas corporações e os benefícios trazidos

Necessária e urgente, a promoção do empoderamento feminino no universo esteve na pauta da live desta semana. (monkeybusinessimages/Getty Images)

Necessária e urgente, a promoção do empoderamento feminino no universo esteve na pauta da live desta semana. (monkeybusinessimages/Getty Images)

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Publicado em 10 de fevereiro de 2022 às 16h58.

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Necessária e urgente, a promoção do empoderamento feminino no universo esteve na pauta da live “Sob o comando feminino: conquistas e desafios das mulheres nas empresas”, realizada pela Bússola. O encontro, mediado pelo jornalista e diretor da plataforma, Rafael Lisbôa, contou com a participação de quatro líderes que são verdadeiras inspirações no mercado nacional.

De Brasília, a presidente do grupo Sabin, Lídia Abdalla, destacou o cenário cada vez mais promissor, mas observou que ainda há muito o que evoluir para a pauta garantir o reconhecimento efetivo da força da mulher no contexto empresarial.

“A pandemia provocou uma transformação muito rápida e efetiva neste sentido, mas ainda temos relatos de muitas mulheres que precisaram deixar seus empregos para poderem cuidar da família, que demandou mais atenção no momento mais delicado da crise sanitária”, declarou.

Além disso, a executiva, que hoje comanda um time de mais de 6.300 colaboradores em todo o país e é referência em práticas de gestão que estimulam o empoderamento feminino tanto no contexto de negócios, quanto no contexto social.

“Temos uma trajetória pautada por valores que conduzem nossos mais 37 anos de uma atuação vitrine para as corporações, e isto nos inspira a investir cada vez mais em projetos e iniciativas que favorecem a diversidade, a equidade e a igualdade no mundo dos negócios e influenciam a sociedade na construção de um contexto empresarial mais ético, que valoriza o protagonismo feminino”, disse Abdalla.

À frente do Movimento Mulher 360º, Margareth Goldenberg destacou a importância de discutir o tema ao lado e engajar a agenda estratégica a favor da pluralidade nas corporações e principalmente na equidade de gêneros. Ao lado dela, a CEO do Inteli, Maíra Habimorad trouxe para a conversa a realidade no mercado da educação para elas.

“Há alguns anos havia uma pequena distância entre o que o Ensino Superior formava e o que o Mercado de trabalho exigia. Ao longo do tempo, isso virou um verdadeiro abismo. Hoje, o mercado de trabalho evoluiu, as organizações também, em ritmo acelerado, mas o ensino superior, com ótimas exceções, continua ensinando exatamente igual. Esse abismo fica mais evidente quando o assunto é a formação. Há uma dificuldade de formar profissionais que consigam entender com amplitude sistêmica e comportamental”, afirmou Habimorad.

A executiva detalhou ainda que o ensino superior e o primeiro emprego têm uma grande importância na autoestima da mulher, “pois são a base do seu desenvolvimento socioemocional para que ela possa dar os próximos passos. Aqui, no Ineli, procuramos ampliar essa oportunidade para meninas a partir dos 17 anos de idade, que iniciam a formação acadêmica com a gente. Aqui, falamos aos quatro ventos: a presidente é mulher, a diretora acadêmica é mulher, a diretora de operações é mulher”, afirmou.

“Hoje 50% do nosso quadro de colaboradores é formado por mulheres e mais de 70% da liderança é formada por mulheres. Nossa plataforma de ensino, e nossa biblioteca foram batizadas com nomes femininos. Ou seja, damos todos os sinais possíveis para as meninas que este é um lugar para elas. Este ano, fechamos com 27% de mulheres inscritas e 25% das matriculadas são mulheres. Aumentar a participação de mulheres no mercado de tecnologia tem muito mais a ver com acolher, criar um espaço e mostrar que o lugar é pra elas do que trabalhar aptidão”, declarou a executiva.

Compondo o elenco, a head de Diversidade e Inclusão da Nestlé, Hellen Andrade destacou como a maior empresa de alimentos e bebidas do mundo tem atuado para fortalecer iniciativas voltadas para esta agenda.

“Temos uma responsabilidade muito grande, junto com vários atores que precisam entrar juntos em campo para potencializar iniciativas de sustentabilidade e diversidade e inclusão. A Nestlé começou com tema de diversidade e inclusão há muitos anos. Temos exemplos muito importantes nessa frente, como a fábrica de Montes Claros que é um orgulho gigante e já nasceu com esse olhar para a inclusão e 50% de uma fábrica é composta por mulheres, ocupando inclusive posições estigmatizadas”, afirmou Andrade.

Segundo Hellen, a companhia tem avançado nas metas de contratação para mulheres em posições em geral, mulheres em posições de liderança e mulheres em posições executivas. Essas metas são necessárias e não são discriminatórias. São importantes para equilibrar um cenário que pela estrutura da nossa sociedade não foi respeitado por muito tempo.

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