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As 5 capitais que liberaram Reveillon e Carnaval sem vacina nem teste

Dez capitais do Brasil exigem vacinação ou testagem de covid-19 e cinco liberaram sem exames e imunização; doze apenas imunização

OMS alerta que baixa cobertura vacinal e nível de testagem insuficiente colabora para variantes como a Ômicron se reproduzirem. (Flashpop/Getty Images)

OMS alerta que baixa cobertura vacinal e nível de testagem insuficiente colabora para variantes como a Ômicron se reproduzirem. (Flashpop/Getty Images)

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Publicado em 5 de dezembro de 2021 às 09h00.

Um levantamento realizado pela FSB Comunicação mostra que apenas 12 das 25 capitais brasileiras exigem vacinação para participar das festas de Natal, Ano Novo e Carnaval. Outras 10 capitais solicitam testagem quando há ausência de comprovação de vacinação ou a imunização está incompleta e cinco capitais — Campo Grande, Curitiba, Cuiabá, Porto Alegre e São Luís — não exigem comprovação nem testes. Nesses cinco lugares os organizadores ficam livres para fazer exigências ou não.

No Sudeste e no Norte do país, capitais de todos os estados exigem comprovante de vacinação, e Vitória, Belo Horizonte e Belém exigem ainda testagem para participar das festas. No Nordeste, apenas São Luís não exige algum grau de vacinação.

Cuidados

De acordo com especialistas, os cuidados com a saúde nesse período devem ser redobrados. Apesar da queda do número de mortes — em razão do avanço da vacinação —, a pandemia continua. As novas cepas, como a variante Ômicron, exigem cada vez mais atenção. Há ainda uma população de milhões de pessoas no país vulneráveis ou não imunizadas e que correm risco de morte se contraírem covid-19.

Em 1º de dezembro, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, fez um alerta global afirmando que o mundo enfrenta “uma mistura tóxica”: a baixa cobertura vacinal contra a covid-19 e um nível de testagem insuficiente. Disse que é uma receita perfeita para novas variantes, como a Ômicron, se proliferarem.

Segundo especialistas, mesmo as pessoas vacinadas ainda podem contrair e transmitir variantes do coronavírus. De acordo com Alberto Chebabo, vice- presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), os grupos que correm mais risco atualmente são os de crianças com comorbidade com até 12 anos incompletos — porque ainda não alcançaram a idade de vacinação —, e de idosos que, mesmo com o ciclo vacinal completo, ainda correm um considerável risco de desenvolver a versão mais grave da doença.

Para o infectologista, a proteção ideal para eventos seria exigir dos participantes tanto comprovante de vacinação quanto de testes negativos realizados com, no máximo, 48 horas de antecedência para exames de antígeno e 72 horas para RT-PCR.

“Quanto mais camadas de proteção, melhor. Porém, isso implicaria em custo para as populações de baixo poder aquisitivo — que não teriam condições de pagar pelos exames ou aumentaria o preço dos eventos, tornando-os elitizados, de difícil acesso”. Uma das soluções, afirma, seria o poder público bancar a conta. “Essa é a estratégia que muitos países estão fazendo. Oferecer testes gratuitamente e estimular a população a se testar com frequência”.

Testes rápidos

O Comitê Extraordinário de Monitoramento da covid-19 da Associação Médica Brasileira (AMB), alertou em setembro, em nota técnica, sobre a urgência da ampla utilização de testes rápidos de antígeno em eventos de fim de ano e carnaval. Além de recomendar o seu uso, a entidade destaca que esses exames rápidos podem ser executados em dispositivos simples, compactos e de fácil operação. Tal agilidade possibilita a aplicação em grande escala fora do ambiente laboratorial como, por exemplo, em eventos, festas e shows.

Com o rápido avanço tecnológicos de exames de detecção de covid-19, há hoje testes rápidos de antígeno com alto nível de precisão, como das empresas Abbott, Becton Dickison, Roche e Siemens Healthineers. Um desses exames chega a 97,8% de precisão.

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