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Apoiadores de Bolsonaro cobram por impeachment de ministros do STF

Proibição de manifestação política em festival e demissão de ministro reverberam nas redes de parlamentares

Ranking produzido pelo Instituto FSB Pesquisa mede a popularidade dos parlamentares nas redes sociais. (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ranking produzido pelo Instituto FSB Pesquisa mede a popularidade dos parlamentares nas redes sociais. (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Publicado em 30 de março de 2022 às 14h55.

Os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro invadiram o perfil no Facebook do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com a cobrança de impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Independentemente do tema divulgado na rede social, milhares de comentários foram postados repetindo a mesma bandeira, em um movimento visivelmente coordenado. Essa é a principal razão do avanço, nesta semana, de 19 posições do senador no ranking FSBinfluênciaCongresso, que aponta os 15 integrantes da Casa mais populares no mundo virtual.

O ranking, produzido pelo Instituto FSB Pesquisa, mede a popularidade dos parlamentares nas redes sociais.

Outro nome de destaque é Alessandro Vieira (Cidadania-SE), um dos parlamentares que acionaram a Procuradoria Geral da República (PGR) contra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro por suspeitas de tráfico de influência envolvendo pastores evangélicos. Ele dedicou suas redes ao assunto, assim como ao lançamento de sua pré-candidatura ao governo de Sergipe, e teve desempenho positivo no período de 22 a 28 de março: ganhou 11 posições e alcançou o posto de nono no levantamento.

No topo do ranking, a novidade é o retorno de Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ao terceiro lugar, após subir cinco colocações. Ele tirou o lugar de Romário (PL-RJ), que caiu para quarto. Já os líderes de redes sociais no Senado — Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) — conseguiram assegurar suas posições sem serem ameaçados. O PT, com cinco representantes, é o partido com mais nomes na lista.

Câmara

As redes sociais da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), integrante da bancada da educação e da cultura, refletiram a semana de noticiário recheado de polêmicas. A decisão do ministro Raul Araújo, arquivada depois pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de proibir manifestações políticas no festival Lollapalooza e a demissão do ministro Milton Ribeiro foram o carro-chefe dos perfis da parlamentar, que atraiu a atenção de seus seguidores. O alto engajamento de seus posts a levou a subir 34 posições e alcançar o 16º lugar no ranking FSBinfluênciaCongresso, que aponta os congressistas mais populares no ambiente online.

O período foi movimentado ainda nas redes do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), outro que dedicou uma série de publicações às denúncias de existência de um gabinete paralelo no Ministério da Educação (MEC). Ele avançou 15 colocações e postou-se em 12º no levantamento. Por outro lado, o governista Luiz Lima (PL-RJ) também ganhou espaço nos últimos dias. Ele ingressou no ranking em 20º, após subir 19 lugares com posts de apoio ao governo federal, dentre os quais vídeo em que ele, por conta própria, esconde com tinta preta pichação contra o presidente Jair Bolsonaro feita em um muro.

Carla Zambelli (PL-SP) continua a ser a recordista no ambiente online, mantendo-se impassível no primeiro lugar. O mesmo ocorreu com Bia Kicis (DF), Eduardo Bolsonaro (SP) e Filipe Barros (PR), que garantiram os postos de segunda, terceiro e quarto, respectivamente. O partido dos três, o União Brasil, herdou a hegemonia do PSL e é o líder das legendas, ao abrigar o maior número de integrantes na lista: seis ao todo. O PL vem em seguida, com cinco representantes.

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