Alguns países criaram protocolos rígidos para a entrada de brasileiros. (Erlon Silva - TRI Digital/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2021 às 13h00.
Por Flavia Rezende*
O mercado brasileiro de intercâmbios encerrou o ano de 2019 em alta, com cerca de 460 mil viajantes ao redor do mundo, de acordo com dados da Belta (Associação de Agências de Intercâmbio do Brasil). O momento positivo, no entanto, tomou rumos inesperados em 2020. Era inevitável que o setor sofresse com os efeitos da pandemia de covid-19.
Mesmo em 2021, com algumas mudanças no cenário geral, planejar um intercâmbio acadêmico ainda é uma tarefa desafiadora. Alguns países mantêm as restrições à entrada de brasileiros, enquanto outros criaram protocolos mais rígidos, com quarentena em hotéis específicos custeada pelo viajante.
Há também a dificuldade de obtenção de vistos, devido aos horários reduzidos de atendimento nos consulados. Diante de tanta dificuldade, ainda vale a pena investir em cursos fora do país? A resposta é sim.
O impacto positivo para a carreira é o principal motivo. Para além do idioma – ter inglês fluente aumenta a média salarial em até 15% – as empresas valorizam os aspectos socioemocionais que podem ser desenvolvidos em um intercâmbio, como flexibilidade e adaptabilidade.
As oportunidades de estudar fora aumentaram significativamente nas últimas duas décadas, com o surgimento de agências especializadas e a valorização da moeda. Por essa razão, vemos cada vez mais profissionais em cargos de gerência ou direção, que não tiveram a oportunidade mais cedo, partindo para a realização de pós-graduação ou MBA no exterior. O que antes era um sonho distante hoje é uma possibilidade real de investir no crescimento profissional e pessoal.
Para se adaptar ao cenário adverso, o próprio setor criou facilidades e incentivos, mais um motivo para não abandonar a empreitada de um intercâmbio agora. Algumas agências oferecem a possibilidade de remarcar sem custos as datas de passagens e cursos. Outras, como a Laiob (Latin America Institute of Business), instituição especializada na oferta de programas de imersão e cursos rápidos em universidades americanas, investiram em parcerias com instituições de ensino para a concessão de bolsas de até 100% em cursos de curta duração, como finanças corporativas e gestão de projetos. A possibilidade de trabalhar à distância – agora com o home office institucionalizado em diversas empresas – é outra novidade que pode impulsionar a tomada de decisão entre os intercambistas.
Aqueles que decidirem investir nessa jornada devem planejar com cuidado e escolher instituições confiáveis. A longo prazo, a experiência será recompensadora, seja pelas oportunidades no mercado de trabalho ou na vida pessoal.
*Flavia Rezende é sócia-diretora da Loures Comunicação
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