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André Jácomo: Pesquisa vai, pesquisa vem, e nada mudou

Pesquisam mostra estabilidade nas intenções de voto de Lula e Bolsonaro na primeira quinzena de maio

É preciso observar de perto o comportamento do eleitor evangélico. (Fabio Pozzebom/Agência Brasil)

É preciso observar de perto o comportamento do eleitor evangélico. (Fabio Pozzebom/Agência Brasil)

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Publicado em 16 de maio de 2022 às 17h58.

Por André Jácomo*

Na semana passada, duas novas pesquisas de opinião agitaram o noticiário sobre a corrida eleitoral: na quarta (11/05) foi divulgada a pesquisa Genial/Quaest e na sexta-feira (13/05) foi a vez da pesquisa XP/Ipespe.

De modo geral, ambas as pesquisas apontam para a mesma tendência: estabilidade nas intenções de voto de Lula e Bolsonaro na primeira quinzena de maio. Nada mudou na comparação das pesquisas divulgadas semana passada com os pontos anteriores das respectivas séries históricas.

Na pesquisa Genial/Quaest, Lula possui 46% das intenções de voto (+1pp) contra 29% de Jair Bolsonaro (-2pp). Por sua vez a pesquisa XP/Ipespe mostra Lula com 44% (0pp) e Bolsonaro com 32% (+1pp). Mesmo com algumas diferenças de mensurações, as intenções de voto dos candidatos estão na margem de erro das pesquisas, que são de 2pp e 3,2pp, respectivamente.

Embora, o macrocenário da corrida eleitoral seja bastante estável, há alguns detalhes na análise das segmentações dos resultados das pesquisas que apontam para tendências relevantes a serem acompanhadas nos próximos dias:

Bolsonaro apresenta melhora na sua popularidade nos últimos seis meses

Mesmo inserido na fase mais aguda da inflação e do aumento do preço dos combustíveis, a avaliação positiva do governo Jair Bolsonaro cresceu seis pontos percentuais nos últimos seis meses, de acordo com a pesquisa Genial/Quaest. Até mesmo no Nordeste, onde Lula tem seu melhor desempenho eleitoral, houve crescimento na avaliação “ótimo+bom” do Presidente da República.

A recuperação de Jair Bolsonaro entre os eleitores evangélicos

Eleitorado cativo do atual Presidente da República, ambas as pesquisas mostravam que os eleitores evangélicos ainda estavam divididos entre Lula e Bolsonaro nos primeiros meses do ano. Agora, a vantagem é toda de Bolsonaro, que apresentou variações positiva e fora da margem de erro no segmento eleitoral. É preciso observar de perto o comportamento do eleitor evangélico, porque ainda há espaço para crescimento do Presidente no segmento eleitoral.

Bolsonaro ainda tem dificuldades em reconquistar seus velhos eleitores

A pesquisa Genial/Quaest mostra que entre os eleitores que votaram em Jair Bolsonaro em 2018, aproximadamente 4 em cada 10 preferem que outros candidatos vençam as eleições de 2022. Em uma conta aproximada, são 23 milhões de votos a menos para o atual Presidente da República. Vale mencionar que há 18% dos bolsonaristas arrependidos que hoje desejam a vitória de Lula.

*André Jácomo é diretor do Instituto FSB Pesquisa

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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