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Ana Debiazi: Como montar o dream team para sua startup

Cultivar uma equipe que conheça de maneira estratégica os setores de atuação da empresa evitam que episódios de turnover se tornem rotina

Contratações sem análise estratégica são um erro comum (Bloomberg Businessweek/BLOOMBERG BUSINESSWEEK)

Contratações sem análise estratégica são um erro comum (Bloomberg Businessweek/BLOOMBERG BUSINESSWEEK)

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Publicado em 13 de setembro de 2022 às 19h00.

É inegável que um negócio é feito de pessoas. Portanto, construir um bom time é essencial para garantir a prosperidade da sua empresa. Quando o assunto gira em torno das startups, todo cuidado é pouco para evitar que episódios de turnover se tornem rotina, ou seja, que muitos colaboradores entrem e saiam em um curto período, provocando estresse em toda a companhia e gastos desnecessários.

Por isso, é preciso cultivar uma equipe que conheça de maneira estratégica os setores de atuação. Contratar “profissionais baratos” visando a algum tipo de economia pode na verdade custar caro para o empreendedor.

Outros erros comuns se baseiam em contratações sem uma análise estratégica do perfil profissional, ou ainda levar em conta pessoas que não têm experiência com a rotina de uma startup. Afinal, empresas do tipo envolvem um dia a dia bastante veloz e dinâmico, diferentemente de organizações cujos processos são mais tradicionais.

Por essas e outras, listo a seguir algumas dicas que podem e devem ser levadas em consideração no processo de escolha da sua equipe.

1. Conheça a sua empresa

O primeiro grande passo para tornar as contratações mais assertivas para startups é conhecer todas as áreas de atuação da empresa. Assim, é possível entender quais habilidades cada setor requer para que os processos sejam muito bem cumpridos. Isso vai aproximar o time de recrutamento dos candidatos ideias.

2. O candidato ideal não precisa ser perfeito

Vale destacar que o tal “candidato ideal” não precisa ser expert em todas as áreas, mas é necessário que os gestores saibam onde vão precisar investir mais tempo para ajudar a pessoa a aprender os processos e atingir o nível da vaga. Caso o profissional demonstre interesse e o seu time de gestão realmente tenha tempo para treiná-lo, você pode não estar diante do candidato perfeito, mas fará um bom negócio.

3. Tenha um time dedicado às contratações

Outro passo importantíssimo é contar com pessoas que podem fazer a gestão do processo de contratação. Elas precisam conhecer muito bem a cultura da startup para contratarem os candidatos certos. Em uma primeira entrevista, já é possível identificar se a pessoa tem o mínimo de fit com a vaga em questão, comparando seus valores aos valores da empresa.

4. Desenvolver para reter

Já quando o assunto é desenvolver e reter os talentos contratados, é preciso entender que, ao contratar um colaborador, é essencial conhecer seus pontos fortes e fracos. Os aspectos relevantes podem torná-lo um replicador, ou seja, uma pessoa dentro da empresa capaz de ensinar coisas novas aos seus colegas, promovendo troca entre todo o time e motivação ao longo dos dias. No caso dos pontos fracos, é fundamental traçar uma estratégia de desenvolvimento , o chamado PDI, para que não haja frustrações no caminho.

5. Transparência é essencial

Ainda é de extrema importância que a empresa seja sempre clara com os colaboradores sobre o seu plano de carreira. Por isso, em meio à correria do dia a dia,  uma pessoa (ou toda uma área) dedicada a cuidar dos colaboradores pode fazer a diferença. Desenvolver o intraempreendedorismo possibilita que os funcionários sintam vontade de dar ideias e feedbacks. Isso, inclusive, pode evitar o temido círculo vicioso de turnover.

Acima de tudo, seja honesto com o que você precisa e com o orçamento que tem para oferecer ao profissional. Além disso, entenda que, em muitos casos, é necessário contratar não o perfil de alguém que gostamos, mas sim uma pessoa cujas qualidades e habilidades vão ao encontro do que a empresa necessita.

*Ana Debiazi é CEO da Leonora Ventures

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