Edtech tem o objetivo de formar pessoas refugiadas e migrantes em tecnologia (Foto/Divulgação)
Plataforma de conteúdo
Publicado em 30 de março de 2023 às 14h00.
Última atualização em 30 de março de 2023 às 14h36.
A Agência da ONU para as Migrações (OIM), principal organização intergovernamental do Sistema das Nações Unidas, e o Escritório do Québec em São Paulo firmaram parceria com a Toti Diversidade para a formação de 60 pessoas migrantes e refugiadas na área de tecnologia neste ano. O projeto tem o objetivo de levar mais diversidade para a área de tecnologia, ainda composta de perfis homogêneos.
O curso gratuito é centrado em análise de dados, com conteúdos práticos de Power BI com 143 horas de conteúdo online, alinhando teoria e prática na metodologia desenvolvida pela Toti. Os 40 alunos vindos da Venezuela e países vizinhos (apoiados pela OIM) e 20 de países francófonos (apoiados pelo Québec), iniciaram seus estudos em fevereiro.
A turma conta com pessoas residentes em dez estados brasileiros, sendo eles: São Paulo, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás e Bahia. Elas são migrantes de oito diferentes países: Venezuela, Haiti, República Democrática do Congo, Argélia, Costa Rica, Equador, Senegal e Benin.
A realização da parceria está no âmbito do Projeto Oportunidades, iniciativa da OIM que visa impulsionar a integração econômica de venezuelanos e migrantes de países vizinhos em situação de vulnerabilidade no Brasil, e conta com o financiamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
Com o objetivo de dar autonomia para migrantes por meio de sua integração na economia dos países que os acolhem, a agência entende que essa é uma solução duradoura para as pessoas vulneráveis que desejam permanecer no Brasil e recomeçar sua vida de maneira independente. Por isso, o investimento em cursos de português, acesso ao mercado de trabalho e capacitação profissional.
"A parceria com organizações internacionais de apoio a migrantes e refugiados é importante para darmos nossos primeiros passos para trabalhar com a formação de pessoas em situação de vulnerabilidade também fora do Brasil. Esse é um dos planos de expansão da atuação da Toti no ecossistema", afirma Bruna Amaral, diretora de Estratégias da startup.
Bruna afirma que a Organização Internacional para as Migrações (OIM) é um dos parceiros da Toti Diversidade desde 2020 e veio dela a indicação para o trabalho em conjunto com o Escritório do Québec em São Paulo. Com o objetivo de representar os interesses da província canadense no Brasil, o órgão tem como uma de suas missões apoiar a realização de atividades de recrutamento internacional, respondendo às necessidades dos empregadores em termos de mão de obra qualificada temporária em setores visados pelo mercado de trabalho do Québec.
Siga a Bússola nas redes: Instagram | Linkedin | Twitter | Facebook | Youtube
Veja também
Já é hora de iniciar a cultura do reaproveitamento nas escolas
6 mitos e verdades sobre o impacto do ChatGPT no ensino
Harmonização facial impulsiona crescimento de coworkings para dentistas