Linkedin já registra 900 milhões de profissionais registrados (reitbz/Getty Images)
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Publicado em 6 de março de 2023 às 15h45.
Última atualização em 7 de março de 2023 às 17h55.
Nas mentorias que realizo diariamente com executivos de grandes empresas, um tema é recorrente: como aprofundar o networking e fortalecer a marca profissional.
A principal ferramenta que temos hoje é o Linkedin: rede gratuita, virtual e superpoderosa, que superou os mais de 900 milhões de profissionais conectados no mundo, sendo 65 milhões no Brasil. Repare que escrevi profissionais - e não usuários. Por dois motivos: o primeiro é que se trata de uma plataforma segmentada para o mundo corporativo, diferente das demais que têm outros focos. O segundo é porque os que possuem contas são profissionais, mas não necessariamente ativos, já que não são tão assíduos.
É exatamente este aspecto da disciplina que quero detalhar.
Comparo a atuação nesta rede a uma academia de ginástica.
É isto mesmo, há várias semelhanças!
Imagina que hoje você se matricula na academia e abre uma conta no Linkedin.
Palmas!
Aí eu te encontro uma semana depois e pergunto: você está frequentando a academia?
Normalmente, a resposta é: “Eu já me matriculei!”.
Não adianta você rir, é assim que acontece na prática de 10 entre 10 mentorados!
OK, vou te dar mais uma chance: depois de alguns dias eu abordo a mesma questão. E a resposta é animadora: “fiquei 3 horas na academia!”. Maravilha! Mas, de forma geral, a minha empolgação dura pouco...
Depois de um mês, repito a pergunta e a resposta é: “Lembra que eu te falei que fiquei 3 horas na academia naquele dia?”. Claro que me recordo, mas será que devemos dividir 3 horas daquele único dia pelos 30 dias do mês e tirar uma média? Não é bem assim que deve funcionar... mas é a pura realidade!
Quer mais uma oportunidade? Vamos lá: você finalmente tomou vergonha (ou consciência se estivermos nos referindo ao Linkedin) e resolveu comparecer diariamente na academia por cerca de 1 hora e navegar na rede profissional 15 minutos/dia. Perfeito!
E agora a pergunta é outra: o que você está fazendo lá? Sim, pode criar novas amizades, trocar conhecimentos com outros alunos e professores, saborear um café... mas é para isto que a academia serve?
Ela certamente não foi criada apenas por estas razões. De qualquer forma, você merece parabéns, já deu o primeiro passo!
Além do networking (extremamente válido), nós devemos ter outras metas dentro da academia. Se a sua for ficar mais saudável física e mentalmente, é preciso dar uma caminhada maior: aumente a sua capacidade aeróbica e desenvolva a sua musculatura (ainda mais se for um 50+). Isto deve ser feito de maneira paralela e gradativa.
Cansei só de escrever! Agora chegou a hora da corrida, de acelerar este processo. Mas não se compare aos outros, vá no seu ritmo. Cada um dos alunos tem organismos que reagem de maneira diferente, históricos próprios e objetivos individuais. Ninguém é igual; apenas a constância deve ser a mesma.
Trabalhando na sua autossuperação, em breve você receberá o selo “Perfil campeão” (apenas no Linkedin, claro!).
A partir daí a magia acontece. Oba! Corpo e algoritmo começam a atuar, os benefícios são visualmente sentidos e os resultados profissionais também começam a aparecer. Neste momento, a carga (horária no Linkedin e de peso na academia) merece ser intensificada.
A autoestima cresce na mesma proporção da beleza e dos elogios, mas as métricas não devem se balizar apenas na vaidade, mas na melhoria da saúde. Mais importante do que números de curtidas e comentários é a quantidade de compartilhamentos, de marcações geradas espontaneamente em posts de terceiros, a conexão com profissionais agregadores e, sobretudo, de novos negócios concretizados. Estes sim são exemplos efetivos da evolução do networking e da marca profissional perante o mercado.
Está preparado para se exercitar diariamente?
Bora fazer acontecer agora, não espere até a próxima segunda-feira!
Mauro Wainstock tem 30 anos de experiência em Comunicação. Foi nomeado Linkedin TOP VOICE, é mentor de executivos, conselheiro de empresas, palestrante sobre diversidade etária e sócio-fundador do HUB 40+.
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