(Ridofranz/Getty Images)
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Publicado em 5 de novembro de 2024 às 09h00.
Por Mauro Wainstock*
Nas mentorias que realizo com executivos 40+, um dos assuntos mais demandados é como fazer networking. Se é unânime o desejo de criar relações poderosas, também é geral a dúvida de como proceder de forma orgânica e estratégica – sem ser chato ou interesseiro.
E se, além de estabelecer um vínculo valioso, também fosse possível absorver o conhecimento e a experiência destes profissionais tão relevantes de forma individualizada?
Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn e do PayPal, afirma: “A forma mais fácil de se transformar é conviver com aqueles que já são quem você quer ser”.
Esta impactante frase é fácil de ser pronunciada, desafiadora de ser aplicada e indispensável para alavancarmos a nossa rede de contatos, o repertório, a reputação e a marca profissional.
Então chegamos à pergunta que vale milhões: como agir? Anote estas 4 dicas:
Participe de eventos da sua área: conferências, workshops e palestras são ótimos para absorver conteúdos que podem se transformar em insights, mas também são locais extremamente propícios para conhecer novos profissionais, sejam participantes (atuantes na área), sejam palestrantes (referências no tema).
Atenção: não basta estar presente no evento e ficar invisível! Você precisa ser notado positivamente através de perguntas interessantes. O “bom dia” ou “boa noite” em uma live é uma atitude educada, mas ao fazer uma reflexão agregadora você será muito mais lembrado! Concorda? Esta postura também possibilita que você seja procurado posteriormente, de forma espontânea, por outros participantes que você impressionou através da sua contribuição.
Não fique apenas reclamando da situação econômica, discutindo política e nem comentando a vida dos outros. Você não está em um barzinho com amigos! (e, mesmo lá, recomendo evitar estes assuntos).
Esteja disposto a falar com quem está do seu lado, independente da onde você se sentar. Ou melhor, escute. Demonstre interesse genuíno! Pergunte sobre projetos e desafios. Ouça atentamente e vá estimulando o seu interlocutor a dizer ainda mais. Troque contatos e anote informações importantes sobre cada um que você conhecer. Após o encontro, agradeça virtualmente e mencione algo interessante da conversa. E ponto.
Mas isto basta? Colecionar contatos (ou o que alguns ainda chamam de “cartões de visitas”) é indispensável, mas não suficiente. Então, comente as postagens do profissional no LinkedIn, agregando valor à publicação, e não apenas escrevendo o trivial “parabéns” ou muito menos a repetitiva “joinha” – até porque curtida não vale absolutamente nada nesta rede profissional. Se você leu alguma reportagem interessante sobre o que conversaram durante o evento, mande o link dizendo que se lembrou do seu contato. Em outras palavras: não pare no ponto final do ítem 2, cultive relacionamentos de forma constante, sólida e duradoura.
Muitas vezes cansativos, mas sempre necessários. Participe de fóruns específicos da sua área, sobretudo no Whatsapp e no LinkedIn. Compartilhe notícias e pesquisas atualizadas sobre o seu setor e ajude os demais membros com dicas e indicações. Outro dia li uma definição excelente: o mundo é “Co.” (Co.laborativo, Co.mpartilhado, Co.participativo, Co.perativo, Co.letivo).
Transformar os contatos em fontes de aprendizados, evoluindo através da jornada e da experiência deles, é um outro desafio. Quando você se abre para o novo e frequenta grupos variados do seu segmento, as oportunidades começam a se multiplicar.
Vou citar dois exemplos: o Instituto Vasselo Goldoni (IVG), liderado por Edna Vasselo Goldoni, tem como slogan “Você pode. Você consegue. Você é capaz. Acredite e realize!”. Atua com o empoderamento humano, sororidade entre as mulheres e a igualdade de gênero disponibilizando mentorias gratuitas. A última edição abrangeu 600 vagas. Há vários grupos de Whatsapp em que são compartilhadas dicas e conteúdos sobre esta temática. Um ambiente focado e oportuno para ampliar e fortalecer a rede de relacionamentos.
E por falar em , 70% das empresas listadas na “Fortune 500” têm programas deste tipo. No Brasil, o principal destaque neste segmento é a premiada edutech Top2You, que atua no modelo B2B com mais de 150 mentores, incluindo desde CEOs de multinacionais a neurocientistas, passando por caciques, campeões olímpicos, chefs de cozinha e autores de best-seller. Recentemente, a empresa fez uma postagem muito interessante: “Imagine uma sala com 300 alunos; pessoas completamente diferentes entre si. O professor tem uma meta para cumprir: todos precisam aprender raiz quadrada. Não tem jeito, alguns vão ficar para trás, porque pessoas aprendem de formas diferentes. Isto significa que o professor precisa saber ensinar de 300 maneiras distintas? Ter um mentor é trazer alguém que já conheceu o caminho das pedras e fala a sua língua, criando uma motivação a partir da identificação e conexão”.
Olha aí novamente a força do relacionamento real, ao vivo e humanizado! Hoje as empresas não têm tempo para estruturar um longo programa de desenvolvimento para seus colaboradores, mas buscam resultados imediatos. A mentoria encurta distâncias, seja qual for o objetivo. E vai além: muitas destas organizações têm buscado esta opção para auxiliar os colaboradores a encontrar soluções mais rápidas, personalizadas e assertivas para a empresa; para aprimorar as tão valorizadas soft skills dos mentorados e aprofundar questões muito debatidas no mundo corporativo, como a diversidade, a inclusão e o alto índice de turnover, além do fortalecimento da marca empregadora.
Qual é o valor de um encontro com um profissional reconhecido e com vasta experiência no tema? #ficadica
Agora é contigo, bora fazer acontecer!
*Mauro Wainstock foi nomeado LinkedIn TOP VOICE, é diretor da Associação Brasileira dos Profissionais de Recursos Humanos, membro do Instituto Brasileiro de ESG, conselheiro de empresas, palestrante sobre diversidade etária e fundador da consultoria HUB 40+.
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